RIO – Homens jovens que, muitas vezes, combinam álcool, velocidade e imprudência na direção apresentam as lesões mais graves causadas por acidentes de trânsito. A conclusão é da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). Entre as seqüelas mais comuns, estão lesões na coluna, traumatismo craniano e amputação.
A instituição é referência na reabilitação de acidentados e cruzou dados de 307 pacientes atendidos em 2006. A fisiatra Ana Cristina Franzoi chama a atenção para a gravidade dos casos. Das vítimas que tiveram traumas na coluna, 74% estão em cadeira de rodas:
– Quando o atendimento de emergência é eficaz, ajuda a reabilitação. Mas há pacientes que nunca mais vão poder andar ( clique aqui e ouça o que diz Margareth Cunha Tavares Cardoso, fisioterapeuta do setor de amputados ).
O Corpo de Bombeiros aponta um aumento de 10% das ocorrências de trânsito a cada ano. Para o superintendente de Urgência e Emergências Pré-Hospitalares, coronel Fernando Suarez, as tragédias nas estradas do Rio têm relação direta com o álcool. Ainda de acordo com o coronel Suarez, o desrespeito às leis do Código de Trânsito, criado há dez anos, têm contribuído para o agravamento dos acidentes.
– No início do código, as lesões foram reduzidas, mas as pessoas aprenderam a enganar os guardas. Não adianta colocar o cinto na frente do peito sem afivelar. Não dá para comprar um carro e achar que pode correr – avalia o coronel.