A maior queda vinculada a indústria das estradas na Bolsa de São Paulo foi do consórcio que administra várias rodovias, a CCR , que caiu 7,4%, com o terceiro maior volume do Ibovespa, após a notícia de que o governo suspendeu a concessão à iniciativa privada de sete trechos de estradas federais e administrará os pedágios que serão instalados nelas.

OHL , que não pertence ao Ibovespa, despencou 12,6%.

Em relatório, o Morgan Stanley disse que isso deve atrasar novamente as licitações federais, o que já ocorreu diversas vezes.

“O valor de CCR e OHL relacionado às licitações federais serão drasticamente descontados a partir de agora, em nossa avaliação. Acreditamos que as estradas federais representam cerca de metade do valor dos projetos futuros estimados, salvo as recentes notícias.”

Já a corretora Merrill Lynch disse que a notícia pode ser uma oportunidade no curto prazo. Ela não incluía essas concessões em seu preço-alvo, mas admite que alguns investidores já as viam como as primeiras de uma longa lista.

“Realçamos que boa parte do valor da CCR está nas concessões do Estado de São Paulo, então esse fraco desempenho no curto prazo pode levar a um particularmente atrativo ponto de entrada”, afirmou em relatório.