Os carros novos, os transferidos de outras unidades da Federação ou com novo dono serão emplacados com o modelo padrão do Mercosul
As placas dos veículos do Distrito Federal vão passar por mudanças a partir de 1º de dezembro. Os carros novos vão adotar o modelo do Mercosul, equipado com QR Code para aumentar a segurança do usuário e diminuir as chances de clonagem, possibilitando a rastreabilidade no Brasil, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. A medida também vale para automóveis transferidos de outras unidades da Federação, troca de dono e para a substituição de placa danificada. O equipamento custará R$ 116,30, o mesmo valor do modelo antigo.
Vale lembrar que trocar a placa não será obrigatório para os carros em circulação. De acordo com o Ministério das Cidades, “isso quer dizer que um veículo já emplacado poderá circular com o modelo atual até o fim da vida, se permanecer com o mesmo dono e no mesmo município”. Mas quem quiser instalar o novo equipamento no carro usado, de forma facultativa, deve ir ao Departamento de Trânsito (Detran-DF) e abrir um processo, por R$ 143.
O padrão visual será a principal alteração da nova placa. A tradicional, com fundo cinza, três letras e quatro números pretos, dará lugar a uma com fundo branco e uma faixa azul na parte superior com quatro letras e três números. Além disso, a identificação da unidade da Federação e do município de registro, será substituída pela inscrição Brasil. A categoria do veículo será definida de acordo com as cores das letras e dos números.
O lacre, que garante a veracidade da placa, não será mais necessário por causa do chip e do QR Code. “Cada estado tinha o seu QR Code, agora, isso será unificado em todo o Mercosul. Além disso, o maquinário usado para clonar a tarjeta holográfica ficaria muito caro”, explicou o diretor de Controle de condutores e veículos do Detran-DF, Uelson Praseres. sO novo modelo também beneficia a fiscalização. Os agentes terão acesso ao chassi, ao Registro Nacional de Veículo (Renavam) e a dados diretos da base do veículo.
A previsão é de que toda a frota nacional esteja emplacada com o novo modelo até o fim de 2023. As peças brasileiras terão um diferencial em relação aos demais países: serão divididas em UF e municípios, incluindo o brasão de cada estado. “O Brasil tem uma particularidade que os demais países do bloco comercial não têm: nossa frota registrada é de 97 milhões de veículos, o que corresponde a mais de 80% de todos os veículos do Mercosul”, afirma o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
*Estagiárias sob supervisão de Renato Alves