Está em estudo um projeto para reduzir o limite de velocidade nas marginais do trecho urbano da Anchieta, de 110 km/h para 90 km/h. A proposta é da Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes.
O projeto já foi analisado pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), órgão do governo responsável pela fiscalização das concessões. Para passar a valer, só depende do aval do DER (Departamento de Estradas de Rodagem).
Avenida – A idéia da proposta é adaptar a velocidade no trecho urbano da rodovia à de uma avenida expressa, como as marginais Pinheiros e Tietê, em São Paulo.
A redução vai valer apenas para as pistas marginais. A pista central continua com o limite de 100 km/h. O trecho que vale tem 19 quilômetros, começa no Riacho Grande (Km 29), em São Bernardo, e termina no acesso à Avenida Vergueiro, na Capital, início da estrada.
Nas últimas décadas, as duas cidades cresceram ao redor da rodovia, criando acessos às marginais, tornando a estrada uma via expressa de acesso.
Trânsito – Em alguns pontos, a estrada pára em função do congestionamento nas avenidas que dão para a Anchieta. Um exemplo é a saída do Extra, no Km 16.
Das quatro faixas da marginal, pelo menos duas páram nos horários de pico, levando risco aos carros que seguem em alta velocidade nos corredores livres.
“Nenhuma pista marginal tem velocidade superior a 90 km/h. A (rodovia) Castello Branco é um exemplo”, disse o gerente de tráfego da Ecovias, Sidnei Torres.
Acidentes – A expectativa da concessionária com o projeto é reduzir em até 30% o número de acidentes nas pistas marginais da Anchieta. “Nesse trecho ocorrem vários acidentes, mas não são graves”, afirmou Sidnei Torres.
De janeiro a outubro, foram 740 casos no perímetro urbano. O número é 16% menor que o registrado no mesmo período de 2006, quando ocorreram 863 acidentes no mesmo trecho.
Ecovias investe para reduzir acidentes no trecho de serra
Do Diário do Grande ABC
Nos últimos seis meses, a Ecovias investiu R$ 5,5 milhões em um projeto para reduzir o número de acidentes no trecho de serra da Anchieta.
Nove lombadas eletrônicas para controle de velocidade foram instaladas no trecho de 15 quilômetros, que ganhou outros itens de segurança.
Houve a instalação de barreiras de concreto, gradis metálicos, sinalização e faixas de retenção sonorizadoras, que alertam sobre a aproximação de pontos perigosos. A preocupação da Ecovias tem justificativa. No ano passado, o trecho de serra concentrou 771 dos 3.497 acidentes registrados na Via Anchieta.
O aumento se dá pela ocupação irregular nos bairros Cota, em Cubatão, na encosta da Serra do Mar.
O número representa 20% de ocorrências registradas na estrada. As obras já foram concluídas no trecho, mas os radares ainda estão desligados.
Para entrarem em funcionamento, segundo a concessionária que administra o sistema, os equipamentos ainda dependem de certificação.