As últimas chuvas complicaram a vida dos motoristas que passam pela vicinal Mário Tittoto, que liga Serrana a Altinópolis. O Programa Pró-Vicinais já recuperou 8,8 km do trecho, mas 24 km ainda estão em péssimo estado

Muitos motoristas preferem trafegar pela estrada de terra entre a vicinal e os canaviais. “Com a chuva, aqui tem perigo de atolar, mas na vicinal podemos cair em algum buraco, que pode danificar ainda mais o veículo”, disse o caminhoneiro Roberto Batista. A obra de recapeamento começou no dia 28 de dezembro do ano passado. Em quase três meses de trabalho, cerca de um terço do trecho já foi feito.

O prazo para a conclusão é para o dia 28 de agosto, pouco mais de cinco meses e vai custar R$ 6,217 milhões. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Estado de São Paulo), informou que a obra não tem atrasos.

Test-drive
A equipe de A Cidade foi até a vicinal verificar o trecho, muito usado por caminhoneiros e motoristas que tentam fugir dos pedágios da região. Os primeiros 8 km estão em boas condições, pois foram recapeados recentemente.

O trajeto não possui acostamento asfaltado, só de terra batida. Entre Serrana e a ponte que divide o município de Altinópolis, são 2.400m de estrada.

Após a ponte, o motorista percorre 6.400m até o trevo que segue para Altinópolis ou Batatais. Daí em diante, qualquer um dos caminhos sofre com os buracos, que aumentam com as fortes chuvas e ficam invisíveis com a água barrosa.

Barato sai caro
Para não pagar R$ 5,20 no posto de pedágio de Batatais, que fica no km 344 da rodovia Cândido Portinari, os motoristas se arriscam pela Mário Tittoto. Mas os inúmeros buracos tornam o caminho duas vezes mais demorado. Em uma vicinal em boas condições, onde o motorista pode andar a 80 km/h, 24 km de estrada seriam percorridos em 18 minutos.

Com os buracos cada vez maiores, o motorista que trafega pela vicinal mantém uma velocidade média de 40 km/h. Assim precisa de 36 minutos, o dobro, para percorrer o trecho. “Isso sem falar nos problemas mecânicos”, diz o caminhoneiro Roberto.