Justiça concedeu liberdade provisória para Anderson Oliveira Santos, que provocou a tragédia com 12 mortos na TO-280,na quarta-feira (25). Juiz da 1ª Escrivaninha Criminal de Natividade (TO), Willian Trigilio da Silva, concedeu liberdade com algumas regras (vídeo)
O caminhoneiro Anderson Oliveira Santos, 37 anos, natural de Feira de Santana (BA), foi solto após audiência de custódia (veja vídeo abaixo), nessa sexta-feira (27), com o juiz Willian Trigilio da Silva, da Serventia Criminal de Natividade (TO).
Depois de explicar o que ocorreu no acidente (sinistro), que matou 12 pessoas e deixou quatro feridos, o juiz concedeu o benefício ao caminhoneiro de ficar em liberdade durante o processo que terá de responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, além do crime por lesão corporal, por conta dos feridos.
Segundo o juiz Silva, o motorista Anderson de Oliveira Santos terá que cumprir algumas regras durante o período do processo, como por exemplo: se apresentar todo dia 10 de cada mês para falar sobre suas atividades; ele ainda terá de permanecer em Natividade e, caso mude de endereço deverá comunicar a Justiça.
CNH suspensa
Além disso, o caminhoneiro teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por seis meses, e, posteriormente, terá que realizar novo curso para obter o direito de dirigir.
No depoimento, o caminhoneiro disse que saiu de Luiz Eduardo Magalhães (BA) com destino a Belém do Pará. Ele estava na carreta com a esposa. O pai e o filho o acompanhavam durante a viagem, mas em outra carreta. Ele disse que uma carreta que estava à sua frente seguia com certa lentidão e, por isso, fez algumas manobras para tentar ultrapassar.
Sinistro
Por volta de 20h40, na quarta-feira (25), na rodovia estadual TO-280, entre as cidades de Almas e Natividade, no Tocantins, a carreta Iveco, tipo baú, conduzida pelo caminhoneiro Anderson Oliveira Santos, de 37 anos, invadiu a pista contrária e colidiu de frente com a van, da Secretaria de Saúde de Almas, dirigida por Luciano Antônio de Almeida, de 53 anos. O resultado foi: 12 mortes e quatro feridos, sendo dois passageiros da van, o caminhoneiro Santos e sua esposa.
A van, segundo os bombeiros, transportava pacientes que haviam ido fazer tratamento em Palmas (TO) e estavam retornando à cidade de Almas.
Segundo informou o major Vaz, da Polícia Militar do Tocantins, a primeira versão seria de ele desviou para não colidir com um caminhão que transportava máquina agrícola. A outra é que tentou ultrapassagem em local proibido.
O caminhoneiro e sua esposa ficaram feridos levemente e foram levados para um hospital da região por uma motorista, antes da chegada da polícia. Depois, os policiais foram ao hospital e descobriram que ambos não estavam mais no local e que um advogado teria informado que o caminhoneiro iria comparecer para prestar depoimento, assim que possível.
Segundo os militares, as vítimas fatais são quatro homens, sete mulheres e um bebê, de 4 meses. (Veja nomes abaixo).
Além disso, a batida deixou dois homens feridos, identificados como: Aristides Curcino dos Santos, 68 anos, que já recebeu alta médica, nessa sexta-feira (27), e Suel Martins de Oliveira, de 36 anos, que permanece internado.
Por meio de uma nota oficial, a Prefeitura Municipal de Almas (TO) informou que está oferecendo todo suporte e apoio necessários aos familiares das vítimas e aos pacientes que estão hospitalizados. A Polícia Civil irá investigar as causas do sinistro.
Vítimas
De acordo com a Prefeitura Municipal de Almas (TO), as vítimas fatais são:
- Deliana Rodrigues dos Santos, 29 anos
- Lucilene Ferreira Folha, 55 anos
- Jailma Ramalho Costa, 20 anos
- Antonia Fernandes Crisostomo, 58 anos
- Emilena Pinto de Oliveira, 37 anos
- Luciano Antônio de Almeida, 53 anos (motorista da van)
- Marcilene Aparecida de Andrade, 56 anos
- Joaquim Pereira Valadares, 65 anos
- Wesler Ferreira Folha, 31 anos
- Jordana Guedes Dias, 21 anos
- Rute Guedes Dias, bebê de 4 meses
- João Batista de Oliveira, 68 anos
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