A Volvo foi multada em US$ 1,5 milhão pelo governo americano pela demora para reportar o órgão que regula o transporte nos Estados Unidos sobre 7 recalls envolvendo cerca de 32 mil veículos entre 2010 e 2012. Os motivos dos chamados iam desde erro na informação sobre a calibragem dos pneus a falha em abertura de airbags e risco de pane no motor. Um deles, sobre a possibilidade da bateria do GPS superaquecer, era para todos os modelos da marca.

De acordo com a lei dos Estados Unidos, quando um fabricante descobre um problema de segurança ele precisa informar o National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão que regula os transportes no país, em até cinco dias úteis sobre os planos de recall. Caso contrário, poderá sofrer multa de até US$ 17,35 milhões.

A fabricante sueca concordou em pagar a multa, mas negou ter sido negligente. Em comunicado a Volvo diz se desculpou e disse que tomou todas as providências para melhorar a análise de eventuais problemas de qualidade e segurança em seus carros.

Esse tipo de penalização é raro nos EUA. Em fevereiro passado, a BMW também foi multada, em US$ 3 milhões, também pela demora em anunciar os planos para o recall de cerca de 340 mil veículos em 2010. No caso mais notório, em maio daquele ano, a Toyota concordou em pagar US$ 16,4 milhões pela demora no megarecall para corrigir uma falha que prendia o pedal do acelerador em 2,3 milhões de veículos. Pelo mesmo problema, a Toyota foi multada no Brasil.

Em comunicado sobre o caso da Volvo, o NHTSA afirmou que “espera que todas as montadoras obedeçam a lei e não demorem para tomar atitudes com relação à segurança dos automóveis“.