Devido a resistência da oposição, que decidiu trancar a pauta de votações da Câmara após divergência sobre decreto dos conselhos populares, o projeto de Lei do Deputado Jerônimo Goergen, que visa revogar a Lei do Descanso, aprovado recentemente no Senado, somente será analisado e votado novamente no início de julho. Provavelmente no dia 01 de julho.

A única modificação importante dos Senadores foi a redução das 4 horas extras para máximo de 2 horas extras, como já prevê a CLT. A voz corrente na Câmara é que as alterações propostas pelo Senado serão rejeitadas e o texto original deve ser enviado para sanção presidencial. A chamada ” Bancada da Morte” , que representa a parcela dos maus empresários do agronegócio, revela nos bastidores que o texto será sancionado pela Presidenta sem modificações.

A segurança dos parlamentares da sanção presidencial, é decorrente do momento político e dos recursos que o agronegócio poderá aportar nas candidaturas da Presidenta Dilma e , no caso do Paraná, da ex-ministra e candidata ao Governo do Paraná, Gleise Hofman. Na Casa Civil, Hofman deixou claro seu posicionamento a favor do agronegócio, em detrimento da segurança nas rodovias.

No caso do Planalto todos os movimento do Governo e de seus líderes na Câmara e Senado foram para atender os interesses da chamada “Bancada da Morte”. Não há indícios de que possa haver uma mudança de postura da presidenta, a não ser que ela compreenda as consequências do regime de escravidão a que serão submetidos os motoristas profissionais. Principalmente os acidentes que vão causar milhares de mortes e dezenas de milhares de feridos a cada ano.