Data, instituída pela ONU, será comemorada em 18 de de novembro; Brasil ocupa o 1º lugar em mortalidade no trânsito na América

 

 

O Portal Estradas é um dos apoiadores do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trânsito, data celebrada sempre no terceiro domingo de novembro, que foi instituída em 2011, pela Organização das Nações Unidas (ONU) dentro do projeto Década de Ação pelo Trânsito Seguro (2011-2020), que tem como propósito salvar cinco milhões de vidas tendo o comprometimento dos governos de todo o mundo em tomar medidas de prevenção com o objetivo de reduzi-los em até 50%.

Segundo o coordenador do Programa SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, a responsabilidade pela violência no trânsito está no nosso comportamento como indivíduos, seja na condição de pedestres, passageiros ou motoristas. “Há aqueles que acreditam que a educação é a solução, mas, infelizmente, seus resultados não são imediatos, por isso, a fiscalização de trânsito, a cada dia, se faz mais e mais necessária. Afinal, com tantas formas de se receber informação, quem pode dizer que não sabe que o pedestre deve atravessar na faixa ou que o uso do cinto de segurança é obrigatório? Portanto, nós sabemos o que é certo e o que é errado”, diz.

Rizzotto acrescenta que é sempre importante lembrar que o mau comportamento no trânsito coloca não só a nossa vida em risco, mas também a de terceiros. “A travessia de um pedestre numa curva na estrada pode causar o tombamento de uma carreta e, até mesmo, a morte de um caminhoneiro que tentou evitar o atropelamento”.

De acordo com a ONU, todo ano morrem cerca de 1,25 milhão de pessoas em acidentes de trânsito no mundo. O número de feridos varia entre 30 e 50 milhões de pessoas. Brasil, China e Índia respondem por 40% das mortes globais de acidentes devido ao tamanho da população e à taxa de motorização.

Acidentes dessa natureza são a principal causa de morte entre jovens (de 15 a 29 anos), particularmente entre homens (73%). Ainda de acordo com a OPAS, o Brasil é o país da América do Sul com a maior taxa de mortalidade no trânsito, e fica em terceiro lugar quando comparado aos países das Américas. O Brasil está empatado com a Bolívia (25 para cada 100 mil habitantes) e atrás de Belize e República Dominicana, apenas. A taxa média regional é de 15,9 mortes para cada 100 mil habitantes.

De acordo com o portal oficial sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito (http://worlddayofremembrance.org), as seis maiores causas de mortes no trânsito são:

– excesso de velocidade

– consumo de bebidas alcoólicas

– falta de cinto de segurança

– falta de equipamento de segurança para as crianças (cadeirinha e o assento de elevação)

– falta do capacete aos usuários de motocicleta

– uso do celular

A ação tem também apoio do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), da Trânsito Amigo (Associação de Parentes, Amigos e Vítimas de Trânsito) e da Polícia Rodoviária