As obras de construção da Rodovia do Contorno foram retomadas hoje. O secretário estadual de Obras, Hudson Braga, assinou hoje a autorização para início dos serviços pela construtora Carioca. A empresa, segunda colocada no processo de licitação, assume a obra, depois da desistência da Delta.

– Vamos retomar as obras, nesta sexta-feira, na interseção com a Rodovia dos Metalúrgicos, a VRD-01, já com equipamentos fazendo serviços de drenagem, terraplanagem e pavimentação. A partir da próxima semana, os serviços serão incrementados nos demais trechos – afirmou Hudson Braga.

Ainda de acordo com o secretário, o trabalho de conclusão da obra deve durar cerca de 120 dias.

– Se não houver contratempos, como a greve infundada, ocorrida em maio, que atrasou a obra, ou chuvas fortes, dentro de quatro meses teremos a nova Rodovia do Contorno, que vai dar mais conforto e segurança aos seus usuários e beneficiar os quase 260 mil habitantes de Volta Redonda, retirando cerca de 9 mil veículos do trânsito do centro da cidade – destacou Braga.

A estrada, de 13,5 quilômetros, fará a ligação entre a Rodovia Presidente Dutra (BR-116 Sul) e a Rodovia Lúcio Meira (BR-393), formando um corredor de tráfego de carga pesada entre o Sul e o Norte/Nordeste do país. Estão sendo construídas as interseções com a Rodovia dos Metalúrgicos (VRD-01), a BR-393 e o município de Pinheiral, para facilitar a circulação na rodovia e evitar acidentes, com manobras imprudentes e conflitos entre o tráfego pesado e o local.

A rodovia ganhará, ainda, uma terceira faixa de rolamento, numa extensão de um quilômetro, sinalização vertical e horizontal e iluminação pública. A estrada também conta com um projeto de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Além disso, caixas de retenção instaladas ao longo da rodovia vão permitir o escoamento rápido de substâncias poluentes, em caso de acidente.

Problemas

Desde que os serviços da Rodovia do Contorno foram retomados, em abril de 2010, após uma série de reuniões entre representantes da Prefeitura de Volta Redonda, dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, de moradores do bairro Vila Rica e dos governos estadual e federal, o andamento das obras sofreu várias paralisações.

Uma delas ocorreu quando, durante trabalhos de terraplenagem, foi descoberto um depósito de rejeitos industriais no local por onde deveria passar o leito da rodovia. Outros serviços continuaram, mas essa frente de trabalho foi paralisada de abril de 2011 até janeiro de 2012.

Foi necessário negociar com o Ministério Público Federal e o Inea para chegar a um acordo sobre o que poderia ser feito com relação ao material. A decisão foi fazer o selamento da área, o que implicou modificações no projeto executivo, mudando também a realização do trabalho em si, com a elevação do greide (alinhamento) da rodovia e de seus acessos e o monitoramento do local.

Houve também atrasos devido a algumas desapropriações que precisaram ser feitas.
Depois, uma greve dos trabalhadores que executavam a obra atrasou os serviços, que também foram afetados por chuvas fortes.

Finalmente, a empreiteira que estava executando os serviços, a Delta, entregou o contrato, por causa de dificuldades financeiras.