Estradas apurou que o motorista, de 44 anos, encontrado morto na cabine com envelopes com resquícios de cocaína trabalhava para a empresa com sede em Santa Catarina
O caminhoneiro que foi encontrado morto dentro da cabine de sua carreta Volvo, na tarde de domingo (21), na Rodovia Fernão Dias (BR-381), em Betim (MG), portando envelopes de cocaína. era funcionário da empresa do Grupo Brasil Novo, com sede em Santa Catarina.
O Estradas manteve contato com a Brasil Novo para saber qual a explicação da empresa para a situação envolvendo o funcionário. Entretanto, de acordo com a recepcionista que atendeu à reportagem, a pessoa responsável estava em reunião e retornaria a ligação para esclarecer. Até a publicação desta matéria, o Estradas não recebeu a ligação.
De acordo com o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, “é fundamental uma investigação das autoridades para apurar as condições de trabalho dos motoristas desta empresa e verificar como a mesma controla jornada e velocidade.”
Possível infarto
Era tarde de domingo (21), quando inspetores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontraram o caminhoneiro morto dentro da cabine de sua carreta, uma Volvo 9 eixos, transportando 4 bobinas de aço, que parou no acostamento da Fernão Dias (BR-381), na altura de Betim, na Região Metropolitana Belo Horizonte (MG).
Ao checarem dentro da cabine, os policiais encontraram diversos envelopes com resquícios de cocaína. Além disso, os agentes descobriram, por meio do disco tacógrafo, que o caminhoneiro dirigiu a carreta por pelo menos 16 horas sem descanso e, em alguns momentos, o veículo atingiu a velocidade de 160km/h.
Segundo a PRF, há suspeita de que o motorista tenha sofrido uma parada cardíaca. A Polícia Civil continua investigando.
Conforme relatos de uma testemunha à PRF, o caminhoneiro estava totalmente drogado. O material encontrado na cabina da carreta foi entregue à Policia Judiciária e a carreta está no pátio da PRF, à disposição da empresa.
