CHEGOU AO FIM: Criada em 1969 para gerir o sistema de transporte rodoviário de São Paulo, a Dersa cresceu e se tornou uma das principais empresas do rodoviarismo do país. Um dos grandes feitos foi o projeto do Rodoanel Mario Covas. Agora, o governador Doria quer pôr fim à empresa. Foto: Divulgação

Por 64 votos a favor e 15 contra, Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou extinção

O Projeto de Lei que autoriza a extinção da empresa Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A. foi aprovado nesta terça-feira (10) durante sessão plenária na Assembleia Legislativa de São Paulo.

De acordo com a sessão plenária, foram 64 votos favoráveis, 15 contrários e duas abstenções. A empresa de economia mista é responsável pela infraestrutura de transportes e logística, além de operar os terminais intermodais e travessias litorâneas no Estado.

A deputada Carla Morando foi favorável à aprovação do texto e aposta nas concessões da nova gestão estadual. Segundo ela, uma possível investigação sobre a Dersa na Alesp não será afetada.

Contrário ao projeto, o deputado Teonilio Barba acredita que a companhia ainda poderia trazer benefícios ao Estado. “A Dersa é uma empresa extremamente importante. O João Doria está destruindo o que há de melhor no Estado de São Paulo e colocando na mão do setor privado. Uma pena a aprovação desse projeto”, disse.

O deputado Gil Diniz votou favoravelmente à medida, mas ressaltou que a empresa está envolvida em escândalos de corrupção. “Não somos contra a dissolução da Dersa, pelo contrário, mas nós queremos investigar os desmandos que foram feitos. Queremos a investigação”, frisou.

Já o deputado Carlos Giannazi explicou seu voto contrário. “Esse projeto significa a entrega de um patrimônio público importante, uma empresa estatal, para as empresas privadas, em um momento que a Dersa está sendo investigada. Nós queremos instaurar a CPI, então é um absurdo privatizar justamente agora”, justificou o deputado.

A extinção da Dersa teve iniciativa do próprio governador, por meio do Projeto de Lei 727/2019 que prevê que as atividades de interesse público não sejam paralisadas devendo passar a ser realizadas por outras entidades. Após aprovação na Casa, o texto segue para o gabinete do governador e aguarda por sanção ou veto.