O acidente com o Celta 2014 em Aracaju aconteceu em 20 de janeiro. Só que as investigações só foram concluídas na última semana. De acordo com o laudo da polícia sergipana, o Celta utilizava airbags da fabricante japonesa Takata.
A empresa está envolvida em um escândalo que provocou a morte de dezenas de pessoas no mundo e a convocação do maior recall da história, envolvendo mais de 100 milhões de veículos.
Só no Brasil, 4 milhões de exemplares já foram chamados pelas suas fabricantes para corrigir a falha.
Sobre o Celta, a GM não respondeu se o modelo saía de fábrica com as bolsas da empresa japonesa. No entanto, a loja oficial da empresa no Mercado Livre chegou a oferecer a peça da Takata.
A fabricante já havia convocado quase 300 mil veículos dos modelos Sonic, Tracker, Cruze, Agile e Montana para recall por este defeito. Mas nunca Celta e Classic.
Após o caso ser publicado, na quarta-feira da última semana, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) afirmou há uma semana que iria investigar se o modelo deveria passar por recall.
Segundo o Ministério da Justiça, a GM “alegou que teve conhecimento a respeito do acidente ocorrido em Aracaju, em 15 de julho de 2020, decorrente de falha no airbag, que resultou na morte do consumidor que conduzia o veículo Celta”.
O órgão disse ainda que “a GM afirmou que entrou em contato com os proprietários do veículo, mas não teve sucesso até a presente data. Além disso, comunicou o início das investigações sobre a relação do acidente com o recall dos airbags Takata, mas ainda não possui conclusões a serem apresentadas”.
Por fim, a pasta ainda afirma que “não há pronunciamento do fornecedor acerca de eventual relação entre o acidente ocorrido no Estado de Sergipe e a campanha de recall”.O processo aberto pelo MJ está “em fase de averiguação preliminar”, quando “são levantadas provas e informações”.
Caso o órgão encontre indícios de infração por parte da GM, é “possível que seja aplicada sanção de multa em eventual decisão, se infrações aos direitos dos consumidores forem confirmadas. Neste caso, a sanção poderá chegar superar R$ 10 milhões”.