Criminosos tomam ônibus em São Paulo e, em geral, anunciam o assalto em Guarulhos. Na BR-50, no Triângulo Mineiro, polícia conseguiu diminuir o número de crimes.

A Polícia Rodoviária Federal está à procura de criminosos que tornaram o início da Via Dutra em São Paulo um trecho temido por motoristas de ônibus e seus passageiros, vítimas de freqüentes assaltos.

Segundo a polícia, antes os criminosos embarcavam no meio do caminho e depois anunciavam o assalto. Em um deles, João Alexandre de Almeida Guilherme, de 23 anos, reagiu e foi assassinado, em um ônibus da viação Pássaro Marrom, em 19 de maio.

Depois de três assaltos, a empresa de ônibus determinou que os motoristas não parassem mais no meio da estrada. Agora para buscar passageiros, só em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal, mas nem isso acabou com os assaltos.

Os assaltantes passaram a tomar o ônibus na Rodoviária do Tietê, em São Paulo. No meio do caminho, quase sempre na região de Guarulhos, na Grande São Paulo, sacam as armas.

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal de São Paulo, coronel João Bosco Ribeiro, não acredita que a ação seja de uma quadrilha organizada. Ele recomenda a instalação de detectores de metal nos pontos de embarque.

“Esse detector de metal seria muito importante, pelo menos no terminal de passageiros, porque evitaria que as pessoas entrassem nos ônibus armados”, explicou Ribeiro.

Perigo em outras estradas
O problema é nacional. No Maranhão, na BR-316, no trecho entre Pio XII e Santa Inês, e no sertão de Pernambuco, na BR-316, entre Petrolândia e Trevo do Ibó, e na BR-428, entre Trevo do Ibó e Petrolina.

Mas existem soluções, a BR-50, no Triângulo Mineiro, que liga Uberlândia ao estado de Goiás, era das mais perigosas, no entanto, saiu da zona de risco. O chefe da Polícia Rodoviária Federal de Uberlândia (MG), inspetor Davi Stanley, diz que o número de assaltos caiu no último ano por causa da ação conjunta de todas as forças policiais.