O trecho da BR 364 entre Porto Velho e Rio Branco levará o nome do ex-governador Edmundo Pinto

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 1, projetos que prestam homenagem póstuma a vários brasileiros que viviam na Amazônia, entre eles o sindicalista Wilson Pinheiro e o ex-governador Edmundo Pinto. O projeto de lei 1709/03 denomina “Wilson Pinheiro” a rodovia BR-317, que une a cidade de Assis Brasil, no Acre, à cidade de Lábrea, no Amazonas.

Wilson Pinheiro era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia quando foi assassinado na sede do próprio sindicato, em julho de 1980. Já o projeto 2878/00 denomina “Governador Edmundo Pinto” o trecho da BR-364 compreendido entre as cidades de Porto Velho (RO) e Rio Branco. Edmundo Pinto foi assassinado em um hotel em São Paulo quando era governador.
Wilson Pinheiro de Souza nasceu em Careiro, Ceará. Ficou órfão de pai ainda jovem, trabalhou como catador de lixo e garimpeiro antes de ir viver no interior do Acre. Casou-se com dona Maria Tereza Pinheiro, teve oito filhos e morou por duas décadas no Seringal Sacado, onde surgiu como líder dos trabalhadores rurais.

De acordo com antigos companheiros, Wilson Pinheiro passava até seis meses na floresta, andando de colocação em colocação mobilizando os seringueiros na luta em defesa do direito de trabalhar. Sua luta e a de Chico Mendes trouxeram outros paradigmas para a ocupação da Amazônia, instituindo conceitos que mais tarde se consolidariam na região.

Edmundo Pinto de Almeida Neto era bacharel em Direito pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Elegeu-se vereador de Rio Branco (Acre) pelo PDS, em 1982. Foi deputado estadual pelo mesmo partido em 1986 e governador do Acre em 1990. Ganhou vários títulos e diplomas de honrarias por seu destaque na vida pública. Sua voz foi calada na madrugada de 17 de maio de 1992, um domingo, no Hotel Della Volpe Garden, na capital paulista. Ele deixou viúva a esposa Fátima Barbosa de Almeida e órfãos Pedro Veras de Almeida Neto, Rodrigo Barbosa de Almeida e Nuana Naira Barbosa de Almeida.

Na mesma sessão foram também aprovados vários outros projetos.