Motorista e ajudante passaram dois dias em cativeiro na comunidade do Portelinha, na Zona Sul de SP; PM libertou os dois nessa quarta-feira (27)
A Polícia Militar de São Paulo libertou dois homens de um cativeiro na comunidade da Portelinha, na Zona Sul de São Paulo, na noite dessa quarta-feira (27), após o recebimento de uma denúncia anônima. Os homens foram vítimas de um crime comum entre caminhoneiros, que usam aplicativos para arranjar trabalhos.
De acordo com a PM, as vítimas foram encontradas em um barraco sujo, apertado, escuro e de difícil acesso.
“Chegando no local, deixei o caminhão, ele falou que era onde ia carregar, deixei o caminhão e ele pegou e falou para mim que nós íamos pegar a nota e ia deixar o caminhão já carregando”, contou o caminhoneiro, que não quis se identificar.
Ele e o ajudante foram chamados para entrar em um carro e ir tomar um café enquanto esperavam. O suposto contratante levou as vítimas para uma rua sem saída e anunciou o assalto.
Perdeu, playboy
“Ele falou ‘perdeu, playboy. Passa a chave da carreta, o documento, que, senão, eu vou meter bala em todo mundo aqui”, disse o ajudante.
O motorista e o ajudante foram levados para um matagal e depois para a comunidade da Portelinha, onde ficaram presos por dois dias.
O PM que atendeu a ocorrência disse que os criminosos estavam interessados no caminhão novo que foi comprado há 3 meses e está avaliada em R$ 500 mil.
Golpe comum
“É um golpe comum. Então os caminhoneiros têm que prestar muita atenção quando eles vão fazer um acordo de uma carga que eles vão levar. Eles têm que prestar atenção e verificar se esse… quem solicitou eles, realmente é uma pessoa de verdade, pessoa jurídica ou física, que está querendo contratar eles de verdade”, alerta o tenente da PM Danilo Goulart. O caminhão não foi localizado e os criminosos fugiram.
