O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC0 está convocando todos os caminhoneiros a pararem no dia 25 de julho, onde estiverem e somente voltarem a trabalhar após serem atendidos 08 itens pela ANTT-Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Na maioria dos casos revogações de Resoluções e até mesmo o adiamento da entrada em vigor da Lei n° 12.619/12 , que estabele, dentre outras medidas, limites para tempo de direção contínuo e diários dos caminhoneiros. o QUE NÃO ESTÁ NA ALÇADA DA aGÊNCIA.

Por outro lado, a paralisação, considerada greve por várias entidades, está sendo considerado uma “greve patronal”, cujo articulador é Nélio Botelho que comanda o MUBC.

Num manifesto que relaciona sidicatos de caminhoneiros de 20 estados, além da própria Confederação Nacional dos Transportadores AutÔnomos e a Federação dos Caminhoneiros Autônomos, dentre outras, os caminhoneiros são alertados de que a paralisação está sendo articulada para prejudicar os autônomos e suas recentes conquistas.

Embora não cite nominalmente o nome de Botelho, o manifesto diz que está sendo articulado “pelo mesmo falso líder que abandonou seus companheiros na mesa de negociação em 1999, indo negociar sózinho com o Governo..” Acrescenta que o objetivo do ‘falso líder’ é utilizar a força dos caminhoneiros para atender aos interesses das empresas…”

O movimento de paralisação está previsto para o Dia do Motorista, as vésperas do início da fiscalização da Lei 12.619/12 , cuja fiscalização começa no dia 30 de julho e vai aumentar o controle sobre os abusos de jornada a que são sumetidos caminhoneiros, sejam eles autônomos como empregados.

O Presidente da FENACAM- Federação dos Caminhoneiros Autônomos, Diumar Deléo Cunha Bueno, alerta que greve é coisa séria. “Só deve ser utilizada como último recurso em eventual rompimento de uma pautra de reinvidações construídas coletivamente.”Ele escklarece que os autônomos representam 605 dos caminhoeiros no país.

Em comunicado oficial, outra entidade União Nacional dos Caminhoneiros (UNICAM) afirma que não irá aderir à greve dos transportadores de carga organizada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro. Na avaliação da entidade, a manifestação não representa os interesses dos Transportadores Autônomos de Cargas do Brasil.

“A chamada manifestação nacional dos transportadores de cargas poderá prejudicar todo o trabalho que vem sendo realizado por aqueles que desejam realmente melhores condições de trabalho e dignidade em sua atividade”, afirma o presidente da Unicam José Araújo “China” da Silva.

De forma geral as entidades que rejeitam a greve alegam que os pleitos de mais de dez anos da Classe dos Transportadores Autônomos de Cargas foram recentemente atendidos através da regulamentação da atividade por intermédio da Lei nº 11.442/2007, do Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Cargos (RNTRC) – regulamentado pela Resolução/ANTT nº 3.056/2009, da Lei do Vale-Pedágio – Lei nº 10.209/2001, do Pagamento Eletrônico de Frete (que acabou com a Carta-Frete) – regulamentado pela Resolução/ANTT nº 3.658/2011 e, recentemente, da Lei nº 12.619/2012 (que regulamentou o Tempo de Direção do Motorista Profissional, através da Resolução/CONTRAN nº 405/2012). Justamente as que o movimento de Botelho quer revogar.

Na prática o MUBC já anunciou outras greves que não aconteceram. Procurado na sede do Movimento, Nélio Botelho não estava. Fomos informados pela Cordenadora, de nome Alessandra, de que ele estava em Salvador, numa reunião realizada num hotel. As reuniões do movimento tem sido realizadas em hotéis, segundo informações públicadas no próprio site e não nos sindicatos.

A funcionária informou que Botelho iria retornar a ligação mas até o fechamento desta matéria não o fez.

Questionada sobre quais os sindicatos apoiam a paralisação do dia 25, a jovem não soube responder. Questionada sobre quais sindicatos e entidades são afiliadas ao movimento, também disse que só Botelho poderia esclarecer.

No site do www.mubc.org.br , não há relação de entidades filiadas ou que apoiam o movimento, bem como nenhuma explicação de que como o Movimento é financiado. Numa das seções, o MUBC vangloria-se de sua importância polítina nas eleições de 2.000 e diz que pretendia contribuir para eleger o presidente da República em 2002.