Participada da Brisa no Brasil lucrou R$ 167,2 milhões até março, crescendo a dois dígitos também na receita líquida e no EBITDA, anunciou a CCR.
A CCR – Companhia de Concessões Rodoviárias, na qual a portuguesa Brisa tem uma participação de 17,9%, aumentou em 13,9% o lucro líquido do primeiro trimestre, que atingiu R$ 167,2 milhões, informou a CCR em comunicado ao mercado. No período, o tráfego nas rodovias da CCR cresceu 7,5%.
A informação divulgada pela CCR mostra que a receita líquida alcançou R$ 620,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, mais 13,6% do que nos primeiros três meses de 2007. Já o EBIT (resultado operacional) cresceu 20,4%, para R$ 313,8 milhões.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 17,7%, chegando a R$ 401,2 milhões, o que significa que a margem EBITDA (percentagem da receita que este indicador representa) foi de 64,7%, melhorando 2,3 pontos percentuais na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
O presidente da CCR, Renato Vale, avaliou com satisfação o desempenho da companhia no trimestre, considerando terem sido obtidos “ótimos resultados”.
“A excelência operacional e o bom momento econômico do país continuam beneficiando a CCR. Deste modo, reportamos consistentes aumentos nos nossos principais indicadores financeiros comparativamente ao primeiro trimestre de 2007. Destacamos um crescimento do EBITDA superior ao verificado pela receita líquida, aumentando assim a margem EBITDA para 64,7%. O crescimento do tráfego consolidado também superou nossas expectativas, aumentando 7,5%”, comentou Renato Vale.
Em 11 de março deste ano, a companhia comunicou aos seus acionistas e ao mercado que o Consórcio Integração Oeste, onde a CCR detém uma participação de 95%, obteve a melhor classificação dentre as propostas de menor tarifa de pedágio apresentadas no processo licitatório da Concessão Onerosa do Rodoanel Mário Covas – Trecho Oeste.
Em 7 de maio, esse mesmo consórcio foi declarado vencedor da Concorrência Pública Internacional nº 001/2008, destinada à exploração, mediante concessão onerosa, do Rodoanel Mário Covas – Trecho Oeste. No dia seguinte, foi publicada convocação à assinatura do contrato de concessão e o consórcio tem prazo de até 30 dias para fazê-lo, contados da data desta publicação.
Presidente da CCR está otimista
Renato Vale disse estar “cada vez mais confiante” com as perspectivas futuras da CCR, “principalmente depois do advento do grau de investimento à dívida brasileira de longo prazo (BBB- pela agência de rating S&P) ocorrido ao final de abril de 2008”.
“Acreditamos também na melhoria constante dos resultados de nossas atuais concessões e na conquista de novos negócios, no mercado brasileiro ou no exterior, que deverão oferecer diversas outras oportunidades de crescimento qualificado, sempre priorizando a disciplina de capital e conseqüentemente a criação de valor para a companhia e seus acionistas”, destacou o presidente da CCR.
A companhia já neste primeiro trimestre anunciou dois negócios “dentro da estratégia de crescimento qualificado”, com o contrato para a aquisição de 40% da Renovias, em janeiro, e com a vitória do Consórcio Integração Oeste, em abril.