Um acidente entre um carro e uma bicicleta resultou na morte de Carlos Souza Pereira, de 66 anos. O fato aconteceu por volta das 17 horas de ontem na rodovia BR-316, próximo à Universidade da Amazônia (Unama), no sentido Ananindeua-Belém.

A vítima estava de bicicleta e foi atingida por um Fiat, de placas JUS-1028. Segundo informações de testemunhas, Carlos tentou atravessar a pista enquanto um ônibus estava na parada, mas não atentou para o Fiat, que vinha na pista ao lado. O motorista do veículo, que preferiu não se identificar, relatou que não foi possível desviar do ciclista. Não houve tempo para o resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192), que chegou menos de cinco minutos depois do acidente.

Carlos morreu logo após ser atingido pelo carro. A bicicleta, de cor azul, ficou completamente quebrada. Carlos foi jogado a mais de cinquenta metros de distância. O sangue escorria pelo nariz e pela boca da vítima, e a cabeça dela tinha muitos hematomas.

Quando a equipe do Samu chegou no local percebeu que Carlos estava já sem vida. Pouco tempo depois da chegada da primeira ambulância, chegou mais uma equipe de resgate. Esta equipe virou a vítima (que estava de bruços) para certificar que não tinha mais chances de resgate. O fato gerou um pequeno conflito com os policiais rodoviários federais que estavam no local, pois afirmaram que o corpo não poderia ter sido mexido.

Depois de 40 minutos, nenhum familiar da vítima tinha aparecido no local do acidente. Somente após a chegada da perícia foi possível identificar o senhor, que estava com os documentos no bolso de trás. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para fazer a remoção do corpo.

Segundo uma das testemunhas, o vendedor Antônio Márcio Felício, de 36 anos, a imprudência do ciclista causou o acidente. Ele relatou que Carlos estava na pista que fica ao lado da universidade, e tentou atravessar para o canteiro central. Tinha um ônibus na parada, e ele aproveitou para atravessar. Mas o Fiat vinha na faixa do lado, e não conseguiu evitar a batida , relatou. Apesar de afirmar que Carlos tinha culpa, o vendedor frisou que a BR precisa de uma ciclovia, para dar mais segurança aos ciclistas. Andamos sempre de bicicleta por aqui, então temos que ter mais segurança. Os motoristas não costumam respeitar quem está de bicicleta , complementou.

O motorista do Fiat não quis dizer o seu nome, mas disse que não teve culpa. Eu seguia na faixa ao lado do ônibus. Quando eu passei do ônibus, o ciclista já estava na pista e não teve tempo para desviar. A batida foi forte, mas eu estava em velocidade normal , afirmou, entre lágrimas. Ele disse ainda que estava a trabalho.

Pelo menos uma hora após o acidente, a rodovia BR-316 continuava congestionada por mais de dois quilômetros. Para organizar o trânsito, a equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficou no local, pois muitos motoristas que passavam diminuíram a velocidade para olhar o que tinha ocorrido. Além disso, dezenas de pessoas aglomeram-se no local, para ver o corpo. Estamos organizando o trânsito para evitar que aconteça outro acidente , disse o policial rodiviário Moreto.