Só em Ouro Preto, turismo caiu 85% por causa do Coronavirus
Preocupados com a falta de turistas e o fechamento de pousadas e restaurantes, os Circuitos Turísticos de Minas Gerais propõe orientações ao Governo Fexeral. A Federação dos Circuitos Turísticos do Estado de Minas Gerais (FECITUR) emitiu um ofício destinado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, com levantamento de dados e sugestões de ações para o turismo, em razão do cenário de incertezas e de contingenciamento contra a pandemia do COVID-19 em que vive o país.
No documento, a entidade reforça a importância do setor turismo como desenvolvimento econômico do país e detalha os seguintes dados: a Organização Mundial de Turismo – OMT e Observatório do Turismo de Minas Gerais apontam que o deslocamento internacional de turistas superou 1,1 milhão de pessoas em 2019.
Assim, a atividade representa atualmente 10% do PIB mundial; um a cada 10 empregos no mundo é gerado pelo turismo, 7% das exportações mundiais e 30% das exportações de serviços se devem à atividade (dados da OMT, 2018).
Em Minas Gerais, no ano de 2019, estima-se que o fluxo turístico foi de 27,9 milhões de pessoas, que deixaram, diretamente, uma receita turística estimada de quase 20 bilhões de reais.
O ofício ressalta que no mês de março de 2020, as taxas de cancelamento de viagens já ultrapassam 85%. Se considerado o mês de março do ano de 2019, que apresentou faturamento do turismo em 19,2 bilhões, os impactos reais dificultam qualquer visão de sustentabilidade dos negócios e demonstram imprevisibilidade de novos faturamentos.
Por esta ótica, a entidade sugere ao Governo Federal ações para a sobrevivência do setor durante a pandemia do coronavírus: Seguro desemprego para o período de quarentena; Carência e postergação dos contratos de financiamento em andamento para pequenas e médias empresas; Linhas de crédito de capital de giro para micro e pequenas empresas; Juros subsidiados; Projeto de subvenção de juros para pequenos empreendimentos rurais; Criação de programas de financiamento pós-crise para investimento e ampliação da disponibilidade dos programas acima com recursos do BNDES; Prorrogação nos prazos de obrigações do Simples Nacional para a prorrogação do prazo de pagamento da parte estadual do Simples Nacional (ICMS) por três meses; Aumento de repasses orçamentários aos municípios mineiros.
Fonte: Portal UAI