Cláudia dançando com o pai

As histórias de vida por trás dos números e mortos e feridos nos feriados

Claudia Vidigal era servidora do Ministério Público do Estado de São Paulo e estudante de direito. Em 12 de outubro de 1994 vinha com o namorado de viagem pela Dutra. Ela tinha 28 anos de idade e dormia com o cinto afivelado. O rapaz dirigia em alta velocidade e o veículo capotou perto de Guarulhos. Ela ficou tetraplégica.

Por conta do que sofreu precisou se aposentar precocemente e suspender por 2 anos seus estudos formando-se em 1999. O namorado causador do acidentes sofreu apenas arranhões nos braços e  foi condenado pela Justiça a pagar apenas 1 salário mínimo pelo dano irreparável provocado .

Benefício que foi recusado por Claudia tempos depois pelo mal que lhe causavam os frequentes atrasos e pelo valor irrisório frente às enormes despesas de seu tratamento.

Era responsabilidade do ex-namorado levá-la na fisioterapia uma vez por semana mas chegava sempre atrasado, até que um dia a levou e não foi buscá-la. Foi a gota d’agua e Claudia dispensou-o de qualquer compromisso. Ela merecia coisa muito melhor e encontrou na família e nos amigos sinceros.

Claudia 26 anos depois do acidente

Cláudia , assim como a pequena Alice de apenas 29 dias, são vítimas de acidentes ocorridos no dia 12 de outubro. O objetivo do SOS Estradas, com a campanha: Não seja responsável por histórias sem final feliz!”,  é lembrar as pessoas que essas tragédias podem ser evitadas e que por trás das estatísticas dos feriados indenizações do DPVAT existem pessoas.

Algumas sobrevivem e enfrentam um drama pelo resto da vida, como Cláudia. Outras não conseguem sequer completar um mês de vida, como foi o caso da pequena Alice em 12 de outubro do ano passado.

Ouça o depoimento de Cláudia sobre o que ocorreu com ela. Compartilhe e lembre-se: a segurança no trânsito depende de todos nós.