Viaturas de Guardas Municipais (GM) de Paulínia e Monte Mor são impedidas de fazer patrulhamento em bairros cortados por pedágios se não pagarem a tarifa de acesso, deixando moradores sem atendimento nas regiões.

Desde que a praça de pedágio entrou em operação em Paulínia, as viaturas da GM em atendimento a comunidade são obrigadas a pagar R$ 7,65. Durante os últimos 14 meses para ir ao bairro Cascata, onde vivem cerca de 2 mil famílias, pelo menos uma vez por dia a guarda teria desembolsado R$ 3 mil de pedágio. Como o comando da guarda considera a atitude absurda, foi determinada a suspensão do atendimento.

O secretário Municipal de Segurança Ronaldo Pontes Furtado, considera que é uma empresa privada, que está estabelecendo normas de procedimento para o poder público atender a população. “Foram feitas algumas reivindicações solicitando a liberação das viaturas da Guarda Municipal e até o momento a Rota das Bandeiras não deu qualquer tipo de informação a respeito da liberação ou da possibilidade da liberação das viaturas”, afirma.O patrulhamento da região é feito pela Polícia Militar, que tem um efetivo de 60 soldados e a equipe da GM é composta por 215 homens.

De acordo com a assessoria de imprensa, a concessionária Rota das Bandeiras, que administra o trecho, informou que vai conceder isenção de tarifa de pedágio para duas viaturas. Mas, para que isso seja feito, aguarda o ofício informando os dados dos veículos.

Monte Mor

Os moradores do Jardim Planalto de Monte Mor enfrentam a mesma dificuldade, após a implantação do pedágio que custa ida e volta R$ 8,40. Com a obrigação de pagar a tarifa, a GM também suspendeu o atendimento. A empresa Rodovias do Tietê, responsável pelo pedágio da cidade, foi procurada, mas até a publicação da reportagem não encaminhou nenhuma resposta.