IMPASSE: A frase da Concer na praça de pedágio não condiz com o que o usuário pensa da concessão. Foto: Divulgação

Mais uma situação polêmica nas rodovias concedidas. O governo pretende reassumir o controle da Rodovia Rio-Belo Horizonte (MG), a BR-040, no próximo dia 16 de fevereiro.

A razão seria o fim da extensão do contrato, que já venceu há dois anos, mas foi estendido como forma de ajustar questões pertinentes à obra da nova subida da Serra de Petrópolis, que nunca foi executada.

A subida da Serra de Petrópolis completa 100 anos, em 2028, e provavelmente a pista nova ainda não estará pronta. Até porque será necessária nova licitação e, como ocorreu com a Via Dutra, a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) permite que demorem alguns anos para a execução de obras mais pesadas.

A concessionária alega que o governo não cumpriu suas obrigações quanto à obra da nova subida da serra. O governo justifica que concedeu mais dois anos de concessão para compensar qualquer prejuízo.

SERRA: Inaugurada em 1928 o trecho da subida da serra entre o Rio e Petrópolis completará 1 século sem solução. Foto: Arquivo Nacional

Inicialmente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) assumiria o trecho que será licitado em algum momento no futuro, junto com o trecho da VIA040, que liga Belo Horizonte (MG) a Brasília (DF), que está sendo devolvido amigavelmente pela concessionária.

Fica evidente que os governos se sucedem e o imbróglio da Concer não se resolve. Algo semelhante com o que ocorreu com a Rodovia Presidente Dutra (BR-116), mas depois de idas e vindas, a concessão acabou nas mãos do mesmo grupo que já controlava a rodovia desde 1995.

O usuário fica perplexo com a situação e percebe a falta de competência do setor público na gestão da concessão de rodovias.

No site oficial da Concer, há a seguinte informação:

Esclarecimento da Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio sobre o atual momento da Rio-Juiz de Fora (BR-040): A concessão da BR-040 no trecho entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora é um assunto que está judicializado. A Companhia busca na Justiça o cumprimento do contrato por meio do reequilíbrio econômico-financeiro da concessão.”

Aguardem os próximos capítulos.