Ao contrário do anunciando inicialmente, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Assembleia Legislativa para investigar as concessões do pedágio não vai funcionar durante o recesso. Os deputados que compõem a CPI fizeram ontem a primeira reunião de trabalho, marcando outra para amanhã, último dia antes do início do recesso. Depois disso, a comissão só volta a se reunir a partir de 1º de agosto, quando a Assembleia retoma as sessões.

Na reunião de ontem, os parlamentares se limitaram a discutir o cronograma dos trabalhos. Ficou estabelecido que as reuniões ordinárias acontecerão sempre às terças-feiras. Os deputados discutiram também a formação de uma equipe técnica, especialmente com a presença de assessoria jurídica e contábil, além da necessidade de participação e acompanhamento por representantes de entidades e organizações sociais. “Pretendemos convocar secretários de Estado, além de representantes de concessionárias”, disse o presidente da CPI, deputado Nelson Luersen (PDT).

O prazo de atuação da CPI é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias. Segundo o relator da comissão, deputado Douglas Fabrício (PPS), a suspensão durante o recesso não prejudica os trabalhos, porque o prazo não será contado nesse período.

A comissão decidiu ainda criar uma página na internet (cpipedagioparana. com.br), para divulgar a investigação e colher sugestões da população.

Preterido na indicação para compor a CPI, o deputado Tercilio Turini (PPS), participou assim mesmo da reunião e defendeu a convocação do ex-governador Jaime Lerner como primeira pessoa a prestar esclarecimentos na comissão. Foi durante o governo Lerner, em 1997, que o pedágio foi implantado no Estado.