Com o objetivo de conferir de perto o andamento das obras da BR-448/RS, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Roger da Silva Pêgas, percorreu o traçado da nova estrada na manhã de ontem, quinta-feira, 14. Considerada a mais importante obra do PAC no Rio Grande do Sul, a Rodovia do Parque, como também é conhecida, está localizada entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre. Acompanhado do superintendente regional da autarquia, Vladimir Casa, do superintendente-substituto, Pedro Luzardo Gomes, do coordenador do Consórcio Gerenciador da BR-448, Luiz Antônio Didoné, e de engenheiros das construtoras, Pêgas teve a oportunidade de constatar que os trabalhos estão dentro do cronograma previsto.
Cerca de 60% da obra já foi executado, o que para o diretor do Dnit é muito positivo, tendo em vista os desafios enfrentados para dar forma à estrada. “A impressão que tenho é muito boa de tudo que já vi. Na verdade, eu já tinha ciência de como estava a obra, pois venho com freqüência, mas agora tive a oportunidade de verificar os gargalos da obra e as ações da superintendência para solucioná-los”, comentou.
A respeito dos investimentos Pêgas reforçou que, por se tratar de uma obra do PAC, os recursos necessários estão garantidos. “Sobre isto não há o que dizer, pois não falta dinheiro para obra do PAC”, frisou. A BR-448 terá um investimento de R$ 918 milhões. “Houve um reajustamento dos valores, pois aqueles R$ 824 milhões foram orçados em 2008”, explicou Pêgas.
Quando concluída a BR-448/RS terá 22,3 quilômetros de extensão, 15 obras de artes, entre elas uma elevada de 2,6 quilômetros e uma ponte estaiada sobre o Rio Gravataí, com 168 metros. A construção da Rodovia do Parque está dividia em três lotes. O Lote 2 pode ser o primeiro a ser concluído, ainda no primeiro semestre de 2013. Atualmente, chega a aproximadamente 65% dos seus serviços executados.
Já os Lote 1 e 3 estão previstos para serem entregues no final de 2013. Ambos estão com aproximadamente 55% dos trabalhos realizados. “O Lote 1 só não será entregue antes como é o caso do Lote 2, pois temos ainda cerca de 1,5 quilômetro de solos moles. Então, por questões ambientais e de economicidade estamos removendo parte do solo ruim para fazer o aterro. Depois, colocaremos mais uma carga de sobrepeso. E isto leva tempo, pois temos que aguarda o recalque”, explicou o superintende Casa. No caso do Lote 3, o que retarda o andamento dos serviços é o reassentamento das 599 famílias que residem sobre os diques de Canoas. “Já começamos este trabalho de realocar as famílias, mas é uma ação muito delicada, que envolve assistência social por se tratar de uma população carente. Contudo, acredito que até o final deste ano estas famílias estarão realocadas”, ponderou Casa. O superintendente salienta que por meio do programa federal Minha Casa, Minha Vida estão sendo construídas 599 unidades habitacionais para a população afetada pela construção da BR-448/RS.
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