
Concessionária faz parte do Grupo Invepar, responsável pela administração do trecho viário
Não bastassem os percalços dos últimos anos envolvendo a Linha Amarela, no Rio de Janeiro, agora, a S&P, uma das três principais agências de risco, informou, nessa segunda-feira (19), que a dívida da Invepar, grupo que opera o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), e a Linha Amarela, sob administração da Lamsa, no Rio de Janeiro, já está classificada na categoria de “calote”, conforme noticiou o jornal O Globo.
Segundo a agência, a razão é a medida cautelar obtida pela companhia na sexta-feira, que lhe deu o prazo de 30 dias para pedir recuperação judicial. (A GRU, responsável pela concessão de Guarulhos, não faz parte do processo).
Com isso, a nota de crédito da Invepar foi rebaixada de CC — já um grau altamente especulativo — para D, de “default”, o bom e velho calote.
“Os ratings ‘D’ refletem nossa visão de que a medida cautelar concedida à Invepar e às outras empresas do grupo é equivalente a uma suspensão do pagamento da dívida. A suspensão permite que o grupo não cumpra com suas obrigações financeiras, incluindo as 3ª e 5ª emissões de debêntures, no valor total de R$ 676,7 milhões, que foram vencidas antecipadamente, e a dívida que pertencia à concessionária Via 040, no valor de R$ 850 milhões”, argumenta a S&P.
De acordo com a agência, só restaram no caixa da Invepar cerca de R$ 100 milhões — grande parte dos quais, aliás, acaba de entrar na conta da empresa após a recente venda dos 4,72% que ainda detinha no VLT Carioca à CCR.
Em 2021, encurralada pelas dívidas, a Invepar já havia sido obrigada a entregar a concessionária do Metrô Rio ao Mubadala, o fundo de Abu Dhabi que era um dos seus credores.
O capital da Invepar está nas mãos dos fundos de pensão de estatais Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal), além do fundo Yosemite.
Com informações do jornal O Globo