O remanejamento dos 11 equipamentos de fiscalização eletrônica será anunciado esta semana por técnicos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) como uma das sugestões para reduzir as mortes por afogamento após saídas de pista nos açudes que se formam às margens da rodovia.
A alternativa, que constará no relatório preliminar de uma comissão formada por técnicos para buscar soluções para a rodovia, será apresentada à diretoria do Daer até sexta-feira. Além da mudança dos pardais, serão sugeridos o aterramento dos açudes e a instalação de defensas metálicas (guard rails) nos trechos críticos.
— Próximo a algumas lagoas deveremos instalar pardais, uma vez que o excesso de velocidade está relacionado com a maior parte dos acidentes — antecipa o engenheiro Jeferson Couto, presidente da comissão.
Das 17 mortes registradas na Estrada do Mar este ano, sete foram causadas por afogamento. Os motoristas e passageiros ficaram presos aos veículos ao cair nos açudes. Em maio, Zero Hora contabilizou 23 pontos com acúmulo de água ao lado da rodovia, numa extensão de 12,5 quilômetros.
O levantamento foi feito com base em avaliações do engenheiro Mauri Panitz, professor de Engenharia de Trânsito da Fundação Irmão José Otão.
Com o remanejamento dos pardais, a expectativa do Daer é impedir o excesso de velocidade em toda a extensão da rodovia, uma vez que os motoristas desconhecerão, inicialmente, os locais vigiados.
Nos trechos críticos, espera-se que o novo posicionamento dos controladores seja suficiente para reduzir os acidentes.
Cada alternativa será acompanhada de uma estimativa de custo. Até o fim de agosto, deve ser decidido o que será feito em cada trecho.
Em gráfico, confira quais são os trechos perigosos da Estrada do Mar e a análise do engenheiro Mauro Paniz. Acesse www.zerohora.com/violencianotransito