A As rodovias do Paraná estão em seus limites de tráfego e precisam ser recuperadas de forma urgente. Esse foi um dos pontos destacados pelo Programa Rodoviário de Ações para o Crescimento Econômico-Social do Paraná (ProRodar), projeto de 140 páginas elaborado desde 2008 pela Associação dos Engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem (Aeder) e que foi entregue ao governador Orlando Pessuti (PMDB).
Apesar dos investimentos de R$ 2 bilhões feitos pelo governo estadual desde 2003, o ProRodar prevê mais R$ 25 bilhões em obras de restauração, ampliação e duplicação nos próximos vinte anos.
O plano rodoviário tem trinta anos e precisa ser atualizado
A rodovia PR-323, uma das principais da região de Maringá ganhou atenção especial. Segundo o presidente da Aeder, Octávio José da Rocha, a estrada está com um tráfego elevado, atingindo em alguns momentos de 10 a 12 mil veículos por hora e deveria ser duplicada.
“Existem gargalos que precisam ser resolvidos. Ela está esgotada, mas se dermos atenção também para as estradas vicinais, com certeza teremos uma melhoria geral no quadro”, disse.
Os trechos de Maringá ao Rio Ivaí, Cianorte, Cruzeiro do Oeste, Umuarama e o trevo de Cedro (onde é possível ir para Assis Chateaubriand ou Guaíra) são corredores importantes do Estado e a ampliação mudaria a situação de esgotamento da estrada.
Em outros ramais, o melhor tratamento seria transformar as estradas, a maioria de classe 2 e 3 (quando não há acostamento ou as inclinações não são tecnicamente aceitáveis).
“Nosso plano rodoviário tem trinta anos e as estradas que eram projetadas para 800 veículos hoje recebem de três a quatro mil, o que dificulta muito o tráfego”, disse o engenheiro Sergio Ferrari, um dos autores do plano.
Ele ressalta que a estrada Boiadeira (conclusão) e a rodovia BR-272, de Guaíra a São Paulo seria uma alternativa importante para a região.
O estudo prevê também que o PIB estadual deve dar um salto de R$ 170 bilhões para R$ 496 bilhões nos próximos vinte anos.
A malha rodoviária do Estado é de 12 mil quilômetros, sendo que 3,8 mil quilômetros deveriam ter tratamento diferenciado.
“Temos somente 580 quilômetros de estradas de primeira classe (com piso e acostamentos adequados), o que significa muito pouco”, analisou Rocha.
O presidente também afirmou que houve a garantia de Pessuti para incluir obras emergenciais nas rodovias para o orçamento de 2011.
Já o Plano será apresentado aos candidatos Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB) para que seja incluído nas propostas e executado nos próximos governos.