Só em 2008, em SP, foram registradas 1.764 colisões traseiras em caminhões. Faixas refletivas de má qualidade custam metade do preço mas não são seguras.

O perigo cresce durante a noite em estradas do interior de São Paulo por causa de caminhões que ignoram a obrigação do uso de faixas refletivas ou usam produtos pirateados, que não refletem com segurança.

As irregularides são facilmente flagradas ao escurecer. O uso de faixas refletivas é obrigatório em caminhões com peso bruto acima de 4.600 kg desde 2003. Mas ainda há caminhoneiros que descumprem a determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

De acordo com a resolução do Contran, as faixas refletivas devem cobrir 80% da área traseira e 33% das laterais dos caminhões. Além disso, elas precisam ter um selo de garantia do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Ambulantes
Como se não bastasse a falta do equipamento obrigatório, existe outro problema. Lojas que vendem a faixa certificada pelo Denatran enfrentam a concorrência de vendedores ambulantes.

O produto original reflete bem a luz. Já o falsificado não brilha. É um adesivo que tenta imitar as cores e driblar a fiscalização.

“A original custa uma média de R$ 5,00, a paralela pode se pagar até R$ 2,00, depende do camelô”, disse a gerente de loja Leyslie Assumpção.

A diferença de preço pode pesar nas estatísticas. De janeiro a maio deste ano, foram registradas só nas rodovias paulistas 1.764 colisões traseiras em caminhões, acidentes que resultaram em 53 mortes.

Por isso, caminhoneiros irresponsáveis estão na mira da fiscalização. “Está sujeito a autuação de natureza grave por não estar com equipamento”, disse a tenente Deborah Bueno Murback da Polícia Rodoviária Estadual.