Equipamento de multa fica no viaduto do 4º Centenário, perto do shopping

A partir de dezembro, o trecho mais perigoso da BR-101 receberá fiscalização eletrônica para limitar a velocidade dos veículos. A Polícia Rodoviária Federal já instalou as placas de sinalização entre o Viaduto do 4º Centenário e a entrada de Parnamirim, trecho onde ocorrem 35% dos acidentes registrados em rodovias federais do estado. Os radares deverão ser instalados nas próximas semanas, entrando em funcionamento nos primeiros dias de dezembro.

Segundo o chefe do Núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Roberto Cabral, a medida visa diminuir o número de acidentes causados pelo excesso de velocidade na rodovia. ‘‘A fiscalização funcionará 24 horas e será feita por dois radares, um fixo e um móvel. A localização do radar fixo ainda está sendo definida, enquanto o móvel mudará de local todos os dias’’, explicou Cabral.

A velocidade será limitada a 80km/h para carros e motos e 60km/h para ônibus e caminhões. Ainda segundo Cabral, o limite de velocidade escolhido é um padrão para rodovias federais nos perímetros urbanos. ‘‘Menos que 80km/h iria causar engarrafamentos e mais do que isso iria contribuir para os acidentes’’, justifica o inspetor.

A multa para quem ultrapassar os limites determinados pela Polícia Rodoviária vai variar com a velocidade que o motorista passar pelos radares. Quem passar com até 20% acima do limite, pagará uma multa de R$85, correspondente a uma infração média e 4 pontos na habilitação. Passando entre 20% e 50% acima do limite, o motorista será multado em R$127,69 e cinco pontos na habilitação por se tratar de uma infração grave. Já para quem ultrapassar os 50% acima do limite cometerá uma infração gravíssima e pagará R$ 574 de multa com mais 7 pontos na carteira de motorista.

Somente de janeiro a setembro deste ano, a Polícia Rodoviária Federal registrou 812 acidentes no trecho da BR-101 que vai receber a fiscalização eletrônica. Foram 324 pessoas feridas, com 17 mortes em nove meses. ‘‘O custo sócio-econômico deste acidentes, com base no Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) é de R$ 48 milhões. Isso em apenas um trecho de 16km de rodovia, numa malha viária de 1.374km no estado’’, completa Cabral.