Sobe para 12 o número de mortes no acidente com ônibus em viaduto, em Itapetininga (SP)
TRISTEZA: A violência do impacto e a provável falta do cinto contribuíram para o número de vítimas. Foto: Divulgação/Defesa Civil

O número de mortos no choque do ônibus da Onix Turismo contra um pilar de viaduto na SP-127 não aumentou  para 12 vítimas fatais, conforme noticiamos, baseados na imprensa da região. Foram dez os mortos

No dia seguinte a tragédia foi veiculado na imprensa nacional e da região, que o número de mortos tinha sido de 12 mas sem os nomes das duas pessoas, que não supostamente não resistiram aos ferimentos do sinistro na SP-127. Inclusive a informação era atribuída a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A Polícia Civil informou o veículo partiu de Ribeirão Branco (SP) e não Itapeva (SP) como foi inicialmente divulgado. O destino final seria Aparecida do Norte (SP).

A Polícia Civil informou ainda que o total de vítimas foram 60, incluindo o motorista. A versão do condutor do coletivo é o que o volante do ônibus teria travado, por isso teria perdido o controle e o veículo saiu da pista e chocado contra o pilar do viaduto.

Esta versão está sendo analisada pela perícia. Assim como será fundamental a investigação dos dados registrados pelo cronotacógrafo. Equipamento que registra velocidade praticada, distância percorrida e tempo de direção contínua. Inclusive é possível perceber se houve reação e frenagem do motorista. O fato da direção travar, como ele alega, em princípio não impediria a frenagem.

Três passageiros ainda estão internados no Hospital Doutor Léo Orsi Bernardes, em Itapetininga (SP). O quadro de saúde deles é estável. A imprensa da região informa que oito pacientes tiveram alta ou foram transferidos. O hospital realizou o atendimento da maior parte dos feridos no acidente.

Uma criança continua internada em observação em Sorocaba (SP). O estado de saúde dela também é considerado estável. A outra vítima que foi levada para este mesmo hospital já foi liberada.

Sete vítimas fatais eram da mesma família, e o velório coletivo foi realizado em uma igreja em Ribeirão Branco (SP). A sétima integrante dessa família será sepultada em Sorocaba (SP). Outras três vítimas fatais são de Itapeva (SP).

O acidente aconteceu na madrugada de sexta-feira (5) na SP-127, em Itapetininga (SP), no interior paulista. O ônibus foi fretado por grupo religioso e estava a caminho da Basílica de Aparecida. Pelas primeiras informações, parece que todas as vítimas se conheciam e já tinham viajado juntas.

O caso foi registrado como homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor no 2º Distrito Policial da cidade.

A Ônix Turismo que na Artesp aparece em nome de André Luiz Sguário – Eireli – EPP, informou que o ônibus tinha capacidade para 54 passageiros. Mas a Polícia Civil diz que foram 60 vítimas.  A validade do Certificado de Fretamento é até 15/11/2027 e a vistoria do veículo até 26/5/25. Segundo a ONIX informou, o motorista é funcionário da empresa.

A distância entre Ribeirão Branco e o local da colisão é de aproximadamente 130km, portanto, cerca de duas horas de direção do motorista. Entretanto, como a empresa é sediada em Itapeva, distante cerca de 40 minutos de Ribeirão Branco, é possível que o motorista estivesse trabalhando há bem mais de duas horas.

Entre buscar o veículo na garagem, checar documentação e condições do mesmo. Depois seguir para buscar os passageiros, proceder o embarque e colocação das bagagens e, só então, seguir viagem.

Não há relato até o momento de um segundo motorista. Do local da colisão até o destino final da viagem de ida são aproximadamente 330 km, equivalente a cerca de 5 horas de direção. Numa viagem dessas são necessárias ao menos duas paradas entre Ribeirão Branco e Aparecida do Norte.

Segundo Rodolfo Rizzotto, coordenador do SOS Estradas, estas informações são importantes para identificar eventual excesso de jornada do motorista. “É preciso investigar quanto tempo ele descansou efetivamente antes da viagem. Inclusive onde iria dormir no destino“.

É comum que os motoristas durmam no bagageiro enquanto os passageiros visitam a Basílica e depois o condutor retorna dirigindo sem o descanso necessário e obrigatório. Mas somente uma investigação séria poderá apurar o que de fato ocorreu. Entretanto, a versão de travamento da direção, embora possível, é muito rara.”

Atualizado em 12/07/24

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4 COMENTÁRIOS

  1. Sinto muito por aqueles que se foram e por aqueles que perderam seus amigos ,familiares ,pelo que eu andei me informando não saiu só este ônibus de rib branco ,saíram mais 4 ,este foi o último a sair ,chegando no posto siqueleiro em Itapetininga os outros ônibus esperavam por ele ,mas infelizmente logo chegou a notícia do desastre ,tinha mais família dos que infelizmente não sobreviveram nos outros ônibus que estava a frente ,minhas sinceras condolências,minha cidade está de luto por todos

  2. O título da matéria não procede. Sou da família das vítimas e foram 10 mortos. Ninguém morreu depois. Foram os 10 que morreram no local. Os feridos estão fora de perigo. A maioria já teve alta.

  3. Alguma coisa me diz que este ônibus já apresentava problemas, pois a viação garcia foi dona deste ônibus, e o que me chama a atenção é que ele foi vendido muito cedo, pois era de 2019 e penso eu, que tendo problemas, a empresa pensou vamos passar adiante antes que aconteça coisa grave e foi o que aconteceu, a nova empresa comprou o veículo não sabendo dos problemas que ele vinha tendo, mas isto é só dedução, certeza eu não tenho

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