A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse, em entrevista ao blog do jornalista Kennedy Alencar, que o governo pretende fazer a concessão de mais quatro rodovias neste ano no modelo de concessão clássica e que estuda ainda a modelagem de quatro trechos previstos para o próximo ano.

‘Os outros quatro trechos que deixamos para o ano que vem ainda estamos estudando a modelagem. Se realmente vai ser uma concessão clássica ou se podemos fazer uma PPP, a chamada concessão patrocinada, em que o governo pode pagar uma parte das obras. Ou se isso também se mostrar inviável, fazer obra pública’, disse a ministra ao jornalista Kennedy Alencar em entrevista de vídeo.

Até o fim deste ano devem ser licitados os trechos das rodovias 060/153 262 (DF-GO-MG), BR-163 (MT) e BR-163 (MS) e BR-040 (MG-DF). Para o próximo ano, o governo espera levar a leilão BR-101 (BA), BR-116 (MG), BR 153 (GO/TO) e BR 262 (ES-MG).

Sobre uma das principais queixas do setor privado, a ministra afirmou que a taxa de retorno das rodovias surgiu a partir do resultado de um equilíbrio entre tarifas cobradas e nível de investimentos exigidos.

‘Queríamos que aquelas estradas tivessem investimentos em determinado tempo e uma quantidade de investimentos, mas que o leilão também fosse socialmente aceita’, afirmou.

A ministra avaliou também que há uma ‘cultura de ganho financeiro’ no país, que influencia as análises do setor produtivo nos processos de concessões.

Gleisi Hoffmann voltou a dizer que o governo não tem feito privatizações, um debate sensível entre petistas e tucanos, mas concessões à iniciativa privada. ‘Em vez de fazer uma obra pública, eu concedo para que o setor privado faça a obra e recupere isso através de cobrança de tarifa’, disse.