DESAFIO: Ministro Renan Filho participa de evento em SP onde discute modelos de concessão rodoviário com tarifas de pedágio mais baixa nas rodovias federais. Segundo ele, isso pode ser realidade, a partir de agora. Foto: Aderlei de Souza

Durante visita à capital paulista, ministro dos Transportes, Renan Calheiros, participou de evento que reuniu autoridades e especialistas no qual foram discutidos os cenários político, econômico e regulatório brasileiro

Tarifas de pedágio mais baixas. Ilusão ou realidade? Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, realidade. Esse foi um dos assuntos em pauta discutidos no Arko Conference, que reuniu, nessa segunda-feira (27), autoridades e especialistas para discussão dos cenários político, econômico e regulatório do país.

O encontro, que ocorreu em São Paulo, foi um bom motivo para Renan Filho pontuar os problemas mais comuns vistos nos modelos autorizados no passado. Considerando os novos projetos que estão em andamento, e quase 5 mil quilômetros de rodovias em processo de devolução amigável, o Governo Federal enfrenta o desafio estabelecer um modelo de concessão que permita os investimentos necessários e, ao mesmo tempo, baixas tarifas de pedágio para os usuários.

Segundo Renan Filho, que defende a sustentabilidade econômica dos projetos para serem atrativos ao capital privado. No evento, Renan Filho disse que um dos entraves é a realização de certames com a presença de uma ou duas empresas. “Isso ocorreu com a Nova Dutra, por exemplo, que teve como concorrentes a CCR, que já administrava a rodovia, e a Ecorodovias“, lembrou.

O ministro ressaltou que “a curva de experiência está sendo observada pelo governo para que a gente, de um lado, ofereça um leilão, e, de outro, que garanta os investimentos necessários com a menor tarifa possível. Esse é o desafio que o governo tem“.

Tarifa de pedágio mais baixa

Além dessas questões, outro problema é a forma como a disputa tem sido feita: definida somente com base no valor mais baixo da tarifa de pedágio. Segundo Renan Filho, esse modelo pode inviabilizar qualquer investimento. “Atualmente 13 mil quilômetros de rodovias federais estão concedidos à iniciativa privada. Porém, 4,8 mil quilômetros estão com pedidos de devolução amigável tramitando na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”, frisou.

De acordo com o ministro, estão em fase adiantada de discussão os leilões da BR-381 (MG) e das rodovias integradas do Paraná. “Existem equívocos na história, pois colocava-se investidores prudentes e arrojados no mesmo pacote. Assim, um certo investidor ganha um leilão com uma tarifa baixa, mas não consegue entregar a obra, onerando o cidadão com pedágios altos. É preciso estudar esse modelo e é isso que estamos fazendo“, afirmou.

Com informações da Ascom do MT