O governo do Paraná, por meio do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), negou ontem o aumento nas tarifas de pedágio solicitados pelas concessionárias. Semana passada as seis empresas que administram as rodovias pedagiadas requisitaram a elevação nas tarifas entre 3,3% a 10%.

Segundo o secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, esse índice vai incidir sobre tarifas que já estão altas. “As concessionárias estão arrecadando muito às custas da economia paranaense”.
Segundo cálculos do DER, com o reajuste pretendido as concessionárias devem arrecadar R$ 735 milhões nesse ano, cerca de 15 % a mais do que os R$ 640 milhões registrados ano passado, quando as empresas reajustaram os valores entre 7% e 18% em dezembro.

O governo, por meio da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) e da Procuradoria Jurídica do DER, já estuda ações a serem tomadas caso as concessionárias, mesmo com a negativa, insistam em majorar suas tarifas.

A postura do governo repete às adotadas nos últimos três anos. No entanto, embora tenha recorrido à Justiça em todas as ocasiões, as concessionárias sempre obtiveram permissão para aplicar o índice reivindicado.

Mesmo com a resposta contrária do DER, o novo valor passa a valer dia 1º de dezembro. “O reajuste é automático”, lembrou João Chiminazzo Neto, diretor regional da ABCR-PR. De acordo com ele, nenhuma das concessionárias teria recebido o ofício do Estado. Só não haverá o aumento caso o Estado entre na Justiça e consiga uma liminar que determine a suspensão.
No entanto, as concessionárias temem que novas manifestações em praças de pedágio possam ocorrer com a chegada do novo valor.