O governo Geraldo Alckmin (PSDB) planeja alterar a fórmula de concessão das rodovias paulistas à iniciativa privada. Nos leilões que venham a ser feitos nos próximos anos, a ideia é dividir os riscos entre o governo e a iniciativa privada, segundo afirmou Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da Artesp (agência paulista que regula as concessões).
Nos últimos leilões de rodovias, o governo estabeleceu que o vencedor seria o consórcio que oferecesse uma proposta que incluísse a menor tarifa de pedágio. Para chegar nesse valor, as empresas fazem estimativas do tráfego futuro na rodovia e calculam qual seria o pedágio que teria de ser cobrado para garantir a cobertura dos custos e uma margem de lucro interessante.
Se as premissas assumidas pela empresa estiverem erradas, é possível que haja prejuízo com a concessão. A ideia do governo é que, em casos como esse, as perdas não fiquem só com a empresa – como acontece hoje – e sejam compartilhadas com o estado. Por outro lado, se o tráfego for maior que o esperado, os lucros também serão divididos.
Com um modelo que inclui menor risco, o governo espera que as empresas possam ser mais agressivas nos leilões. O novo modelo deve ser testado na PPP (Parceria Público-Privada) de concessão da rodovia Tamoios, que liga São José dos Campos a Caraguatatuba.
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