População é a principal afetada com as constantes paralisações de rodoviários

Depois de sofrer com os efeitos dos temporais que se abateram sobre a cidade, a população de Manaus terá que preparar os ânimos para enfrentar mais uma vez os transtornos de um movimento grevista dos trabalhadores do sistema de transporte coletivo.

Ontem, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus anunciou oficialmente, por meio da publicação de edital, a intenção de paralisar o sistema como forma de protestar contra o descumprimento de diversos itens acordados entre empresários e trabalhadores, em virtude das últimas paralisações realizadas na cidade.

Desta vez, a sindicato da categoria optou por anunciar o movimento conforme determina a Lei 7.783, que dispõe sobre o exercício do direito de greve. Segundo a lei, as categorias que exercem funções consideradas essenciais para a sociedade têm que anunciar com 72 horas de antecedência a disposição de greve.

O aviso publicado ontem nos jornais da cidade, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Josildo Oliveira, é uma forma de não só avisar a população, como também pressionar os empresários a atender as reivindicações da categoria.

Gilmar Lucindo Gonçalves, diretor social do sindicato, afirma que as oito empresas que operam no sistema de transporte coletivo acumulam problemas relativos a pagamento de horas extras, férias atrasadas, descontos indevidos de faltas, cestas básicas, banco de horas, entre outros. “Recebemos denúncias de trabalhadores até de madrugada relatando os desmandos das empresas”, afirmou Gilmar.

A direção da entidade, no entanto, ainda não definiu a forma como fará a greve. “Poderemos optar por parar 70% da frota e deixar apenas 30% rodando, conforme determina a lei, ou realizar uma greve histórica com todos os ônibus rodando com a catraca livre, o que seria uma forma de não penalizar tanto a população”, afirmou.