Em meio ao cenário de denúncias sobre contratos de licitação do metrô e rumores sobre adiamento, o governo de São Paulo levará a leilão na quinta-feira, os trechos Sul (já em funcionamento) e Leste (a ser construído) do Rodoanel Mário Covas. Juntas, as rodovias exigirão investimentos de R$ 5 bilhões, mais outorga fixa de R$ 370 milhões e o pagamento mensal de 3% do pedágio e das receitas acessórias da administradora dos trechos.

Apesar do grande interesse das empresas no processo, poucos grupos se manifestam publicamente sobre suas estratégias para a disputa. Representantes do setor privado, instituições financeiras e investidores já deixaram claro, no entanto, suas preocupações sobre riscos do projeto. Questões ambientais e custos decorrentes das desapropriações, que ficarão a cargo das companhias, são os principais pontos levantados pelo mercado.

A participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) minimiza o desconforto. Em carta ao governo de São Paulo, a instituição informou disposição de apoiar aportes relacionados ao projeto com participação de até 70% dos investimentos financiáveis.