As empresas responsáveis pelas obras da duplicação da BR-101 Nordeste nos lotes 7 e 8 têm até o primeiro semestre de 2009 para concluírem as atividades. O prazo foi divulgado ontem, durante a assinatura da ordem de serviço com a presença do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Mauro Barbosa. Nos dois lotes, serão gastos R$ 480,7 milhões, sendo R$ 208,2 milhões para o lote 7 e R$ 272,5 milhões para o 8. Para este ano, foram liberados R$ 69 milhões.
Nos primeiros quatro meses, será feita a terraplanagem nos 20 quilômetros iniciais dos dois lotes. Em seguida, terá início a construção da nova rodovia nesse trecho e só depois a restauração da atual. Os dois lotes somam 83,5 quilômetros, sendo 43,9 quilômetros do lote 7 (do Cabo de Santo Agostinho a Escada) e 40 quilômetros do lote 8 (de Ribeirão a Palmares). Ainda estão previstos no Orçamento Geral da União (OGU) de 2007 R$ 365 milhões.
“Não há progresso se não investirmos em ferrovias, portos e hidrovias. Temos que nos preparar para o futuro crescimento e gerar condições para o setor agrícola e o turismo no Nordeste”, comentou Passos. Segundo o chefe do Serviço de Engenharia do DNIT em Pernambuco, Divaldo de Arruda Câmara, durante as obras, ocorrerão 207 desapropriações no lote 7 e 42 no lote 8, onde serão gastos R$ 10,1 milhões e R$ 4,2 milhões, respectivamente.
No percurso do lote 7, três pontes, cinco viadutos, um pontilhão e quatro passarelas serão projetados. Já o lote 8 terá quatro pontes, dois viadutos e três passarelas. A duplicação passará por fora das cidades de Cabo de Santo Agostinho e Ribeirão. Nos outros municípios, a BR irá cortar a área urbana. “Essas obras vão gerar mais de mil empregos”, disse o diretor-geral do DNIT, Mauro Barbosa. De acordo com ele, as empresas serão fiscalizadas pelo órgão para que o prazo – primeiro trimestre de 2009 – seja cumprido.
As obras estavam previstas para o mês passado. No lote 7, as atividades estão sob responsabilidade das empresas Queiroz Galvão, CNO, Andrade Gutierrez e Barbosa Melo. No lote 8 a OAS, Camargo Correa e Mendes Júnior formam o outro consórcio. As licenças ambientais foram expedidas pelos Institutos Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As atividades estão sendo acompanhadas pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).