Um levantamento realizado pela Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) de janeiro a junho deste ano nas rodovias estaduais revela que 41,5% do motoristas circulam sem o certificado do cronotacógrafo. No período, o instituto fiscalizou 1825 veículos (entre transportes de cargas em geral, transporte de produtos perigosos, coletivos de passageiros e ônibus escolares), e um total de 758 caminhões ou ônibus estavam irregulares, seja pela falta de lacre e etiqueta do Inmetro, por estarem com certificado de verificação vencido ou até mesmo inexistente.
Para Fabiano Marques de Paula, superintendente do Ipem, “esse índice de reprovação alto reflete um descuido por parte dos transportadores com a segurança nas estradas”. Entretanto, o executivo garante que o instituto continuará “com fiscalização cada vez mais reforçada nas rodovias com operações especiais e com unidades móveis, com o objetivo de conscientizar e reverter essa tendência”.
Para obter o certificado de verificação do cronotacógrafo, obrigatório para transportar cargas e passageiros e que vale por dois anos, o proprietário do veículo deve lacrar o equipamento em uma oficina autorizada pelo fabricante e credenciada pelo Inmetro. Em seguida, deve passar por ensaio em um posto autorizado pelo órgão federal que analisa se o instrumento atende aos requisitos do regulamento. A multa para transportadores sem o certificado de verificação e instrumento devidamente lacrado varia de R$ 100 a R$ 50 mil, dobrando na reincidência.
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