Com uma das tarifas mais caras do Estado (R$ 13,20), a praça de pedágio principal da entrada de Indaiatuba, na Rodovia Santos Dumont (SP-075), tem a possibilidade de suspender a cobrança a motoristas da cidade no período noturno. A eventual gratuidade foi discutida esta semana em reunião envolvendo representantes da Secretaria de Logística e Transportes (SLT), da Prefeitura, além de autoridades políticas.

Por enquanto, tudo não passa de projeto, ainda sem previsão de sair do papel. O secretário Mário Mondolfo e o secretário-adjunto José Luiz Eroles, que representam o governo estadual, defendem a ideia de que o município firme convênio com a AB Colinas, concessionária responsável pelo trecho da SP-075, com o objetivo de utilizar recursos do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para isentar tarifas do pedágio do Km 60,8 especificamente para os usuários de veículos com placas de Indaiatuba.

Mondolfo esclareceu que, para firmar o convênio, a Prefeitura deve obter autorização da Câmara Municipal. O pedágio gera para o município cerca de R$ 250 mil mensais de receita. Sem isentar a concessionária dos impostos, a Prefeitura remotamente conseguiria obter aprovação para implantar a gratuidade noturna, já que a AB Colinas ficaria no prejuízo.

Para viabilizar a isenção, a proposta é que os interessados em obter o benefício sejam cadastrados pela Prefeitura e estejam em dia com diversas obrigações, como o IPVA e IPTU, exigência que ajudaria também a melhorar a arrecadação tributária do município. Segundo o secretário, a SLT e a Artesp estão disponíveis para orientar a Prefeitura de Indaiatuba a seguir todos os trâmites necessários para a consolidação da proposta, que já foi implementada em outros municípios.

A eventual gratuidade já vinha sendo discutida, na época da campanha eleitoral, entre o prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar (MDB), e o governador Mário França (MDB), que tentava a reeleição. O deputado estadual eleito Bruno Ganem (Podemos) é outro entusiasta da ideia. De acordo com a AB Colinas, a concessionária ainda não participou de nenhuma reunião formal para tratar o tema.

A reportagem procurou a Prefeitura de Indaiatuba, através de sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.