Apesar de representar apenas 6% dos veículos que viajam no Corredor Dom Pedro (SP-065), motocicletas estão envolvidas em 20% dos acidentes registrados

Maior parte das ocorrências é registrada em perímetros urbanos e com motos de baixa cilindrada

Dos cerca de 450 mil veículos que circulam diariamente pelas rodovias do Corredor Dom Pedro, cerca de 6% são motocicletas. Apesar de ser minoria em relação a caminhões, ônibus e veículos de passeio, as motocicletas estão presentes em aproximadamente 20% dos acidentes que acontecem nas cinco rodovias que formam o sistema rodoviário. Os dados fazem parte de um estudo que leva em consideração os três primeiros trimestres do ano realizado pela Rota das Bandeiras, concessionária responsável pelo trecho.

Os pontos mais críticos para os motociclistas estão localizados em perímetros urbanos, onde a movimentação dos veículos em duas rodas é maior. Na rodovia D. Pedro I (SP-065), que liga a Região Metropolitana de Campinas (RMC) ao Vale do Paraíba, os acidentes se concentram com mais intensidade entre os km 132 e 145, em Campinas, e também na altura do km 74, em Atibaia, próximo ao entroncamento com a rodovia Fernão Dias (BR-381).

“A imprudência dos condutores com a utilização dos corredores para ultrapassagem, aliada à pressa para cumprir os prazos das entregas e dos trabalhos, é a principal causa dos acidentes que verificamos no Corredor Dom Pedro. Para nós, trata-se de um público que merece uma atenção especial, uma vez que está muito mais exposto ao perigo no caso de um acidente, do que os outros veículos que utilizam a rodovia”, analisa o coordenador de Tráfego da Rota das Bandeiras, Murilo Perez.

Outra importante constatação é em relação à potência e ao tamanho das motos envolvidas nas ocorrências. Mais de 70% delas têm até 150 cilindradas, consideradas motos menores. “Este dado está relacionado à estatística que mostra os locais onde os acidentes acontecem. As motos menores são as mais usadas nos trechos urbanos para deslocamentos locais e, especialmente em Campinas, a rodovia D. Pedro I serve como uma avenida à população. Além disso, até por questões econômicas, as motos de baixa cilindrada são mais numerosas no trânsito do que as demais”, analisa Perez.

O mesmo estudo conclui que 18% das motocicletas envolvidas em acidentes têm entre 150 e 300 cilindradas e 12% possuem motor acima de 300 cilindradas.

Como medida preventiva para diminuir o índice de ocorrências, a Rota das Bandeiras realiza periodicamente campanhas de conscientização voltadas diretamente a motociclistas. Chamados de Parada Legal, os eventos contam com simuladores de pilotagem, distribuição de material informativo e a realização de palestra com especialistas em segurança viária.

A Concessionária também realiza palestras gratuitas em empresas instaladas nas cidades do Corredor Dom Pedro, com dicas para os funcionários e condutores. Em casos de acidente, a Rota das Bandeiras possui guinchos e ambulâncias que fazem a remoção dos veículos e o socorro às vítimas. O telefone da Rota das Bandeiras é o 0800-770-8070. O serviço é gratuito e funciona 24 horas.

Dicas para uma viagem segura

O coordenador de tráfego, Murilo Perez, dá importantes dicas para os motociclistas fazerem uma viagem em segurança. Ele lembra que as motos devem sempre transitar com o farol aceso, conforme determina a legislação atual, para poderem ser vistas com mais facilidade pelos outros veículos que trafegam pela via.

O cuidado com a roupa é mais um item importante. Bermudas devem ser evitadas, uma vez que calças e jaquetas são itens mais seguros e protegem mais em casos de queda. Botas e luvas também são importantes e o uso do capacete é obrigatório para condutor e carona.

Murilo chama a atenção para outra prática, muito comum atualmente, que deve ser evitada. “O motociclista não pode trafegar nos corredores existentes entre as faixas. Na troca de pista, a motocicleta pode estar no ponto cego do retrovisor de um veículo e gerar um acidente”, destaca Perez. O coordenador de tráfego destaca também a importância do respeito aos limites de velocidade e à sinalização da via.

Por fim, uma dica que vale tanto para motociclistas como para condutores de veículos de passeio é a revisão do veículo. Confira sempre se os itens de segurança como freios, luzes e pneus estão em bons estados.