IMPACTO: Estatísticas e estudos de diversas entidades sérias apontam que o brasileiro tem sérias dificuldades para manter o controle do orçamento e mais dificuldade ainda para economizar. Foto: Divulgação

De acordo com a Seguradora Líder, Ibope revelou que 90% classificam o DPVAT como um benefício importante ou muito importante para a sociedade

Estatísticas e estudos de diversas entidades sérias apontam que o brasileiro tem sérias dificuldades para manter o controle do orçamento e mais dificuldade ainda para economizar. Fazer um planejamento financeiro com seguros é algo inimaginável para cerca de 4,6 milhões de brasileiros que devem a instituições financeiras mais do que podem pagar. E, apesar de 81% dos brasileiros não conseguirem economizar, uma pesquisa recente feita pelo Ibope revelou que 90% classificam o DPVAT como um benefício importante ou muito importante para a sociedade.

Entre os entrevistados, mais de 70% pertencem às classes C, D e E.

O seguro, que é obrigatório a todo proprietário de veículo, tem um custo-benefício excelente e, em 10 anos, atendeu mais de 4,5 milhões de brasileiros que sofreram acidentes de trânsito. É a opção mais democrática existente no mercado. “Hoje apenas 30% dos veículos têm um seguro particular, que também protege contra roubo e furto. E somente 19% têm algum tipo de seguro de vida, um dos menores índices do mundo. Sem o DPVAT, milhões de brasileiros que ficaram feridos ou inválidos em decorrência de acidentes estariam completamente desassistidos”, explica o gestor de riscos e especialista em planejamento financeiro, Yuri Utida*.

Extinção do DPVAT pode trazer graves consequências para a Previdência Social e a Saúde

Em países desenvolvidos, o seguro obrigatório é uma importante ferramenta de inclusão social. Mais que isso, o benefício tem impacto direto na economia. A maior parte dos atendidos pelo DPVAT, segundo dados da Seguradora Líder que o administra, é composta por pessoas economicamente ativas. “Neste ano, os dados mostram que mais de 180 mil beneficiados têm entre 18 e 44 anos. Deste total, 70% das indenizações foram para apoiar casos de invalidez permanente. O impacto disso para uma economia em crise e para os cofres públicos é enorme. Sem o seguro, os custos sociais que recaem sobre o Estado seriam ainda maiores”, acrescenta Utida.

Em um momento em que é preciso reduzir gastos, cortar a obrigatoriedade deste seguro social é uma decisão que pode trazer consequências desastrosas não só para a economia, como também para a Previdência Social e a Saúde. “Com desemprego recorde, milhões de brasileiros enfrentam dificuldades para alimentar a família. Em caso de acidente, o que, convenhamos, não é raro de acontecer em um país que está entre os 5 com mais altos índices de violência no trânsito, milhares de famílias não teriam renda sequer para enterrar os mortos ou atender às necessidades de algum parente que tenha ficado inválido”, finaliza Utida.

(*) Yuri Utida é gestor de riscos e especialista em planejamento financeiro