O projeto de construção da nova pista expressa da Marginal Tietê, discutido pelo governo de São Paulo e pela prefeitura da capital, prevê a utilização de um sistema eletrônico de cobrança de pedágio, que permitiria um fluxo livre de veículos, sem parada em cabines nem redução de velocidade. Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (17) na “Folha de S.Paulo”, a tarifa cobrada para quem trafegar na nova pista será flexível, variando conforme o trecho percorrido e o horário de utilização da via.
A idéia de fazer novas faixas na marginal, com a concessão da nova via à iniciativa privada, é estudada por técnicos municipais e estaduais desde 2005, nas gestões de Serra e Alckmin (PSDB). A proposta da nova pista da Marginal Tietê deve ser formalizada nas próximas semanas, segundo a “Folha”.
O primeiro passo para a construção da nova pista será a definição das atribuições de cada órgão – estado e prefeitura – sobre as novas pistas. A Prefeitura de São Paulo deve enviar à Câmara Municipal projeto de lei que repassa ao estado a responsabilidade pela Marginal.
Segundo a “Folha”, o sistema de pedágio utilizado será o chamado “free flow”, adotado em vias urbanas em países como Austrália, Canadá, Chile e Estados Unidos. Ele consiste na instalação de portais em diversos pontos da avenida pedagiada e de chips nos veículos dos usuários. A cobrança é registrada automaticamente conforme a passagem em cada trecho. Diferentemente do transponder utilizado no sistema “Sem Parar”, já implantado em pedágios de rodovias no estado, não há a necessidade de redução de velocidade para que os portais “leiam” o chip do veículo.
Outra vantagem é a adoção de valores diferentes no mesmo dia. Desta forma, quem passar pela nova pista da marginal no horário do “rush”, por exemplo, paga mais do que quem utilizar a faixa expressa durante períodos mais tranqüilos.