A Odebrecht realizou algumas adequações ao projeto da ERS-010, que deverá ligar Porto Alegre a Sapiranga, à direita de quem vai a Novo Hamburgo pela BR-116, e cuja implantação é reivindicada pelos prefeitos da região, reunidos na Granpal. É para enquadrá-lo melhor nas leis e viabilizá-lo financeiramente. A revisão do projeto reduz as praças de pedágio para duas, uma com taxa inicial de R$ 4,40 para quem vai direto da Capital a Novo Hamburgo e a outra de R$ 2,20 de Novo Hamburgo a Sapiranga. O novo projeto prevê oito saídas e entradas na rodovia, uma a cada 4 a 5 quilômetros. Neste caso, o usuário paga R$ 2,20 de pedágio entre Porto Alegre e Canoas, por exemplo, proporcional ao trajeto utilizado. Mais: os pedágios só começam a ser cobrados quatro anos após o início das obras.

As contrapartidas

O projeto revisado retira obrigações e gastos do governo, limita para 8 anos a implantação de toda a rodovia duplicada (ante 34 anos), faz uma reengenharia tributária com economia de R$ 360 milhões e o governo só começa a contrapartida após a entrega de um bem fruível (pedaço pronto da rodovia), como manda a lei.

Custo da rodovia

O custo da rodovia, a ser implantada no perfil de uma PPP é de R$ 3,92 bilhões, dos quais R$ 1,54 bilhão na construção e R$ 2,38 bilhões na manutenção. A contrapartida do governo estadual é de R$ 75 milhões ao ano em 20 anos. Sem a contrapartida, o pedágio para Novo Hamburgo seria de R$ 9,80, em vez de R$ 4,40.