A criação de um sistema de rodízio no trânsito de Ribeirão Preto seria uma forma paliativa de tentar resolver os problemas do trânsito da cidade.

Em vez de investir em estrutura viária e fomentar o aumento do número de veículos em nossas ruas, o que seria saudável até para a economia, a Prefeitura iria tentar reduzir o número de veículos nas ruas, agindo em sentido inverso ao do crescimento e da modernização.

Todo o ônus do processo cairia sobre as costas do cidadão.

O rodízio obriga o motorista a deixar o carro em casa em dias da semana, de acordo com uma relação de finais de placa, e se locomover de carona ou transporte coletivo.

Em países de Primeiro Mundo, funciona de maneira perfeita. Claro, devido à perfeição da estrutura do transporte coletivo de tais países.

Aqui em Ribeirão a medida parece exagerada e vai nos fazer perder o direito de escolher a maneira mais prática de se locomover.

Além de tudo, o sistema de rodízio cria mais um mecanismo para poder multar os motoristas, especialmente os de fora da cidade e que não têm conhecimento da medida.

Em São Paulo, onde o rodízio é adotado há anos, os motoristas de outras cidades compõem grande parte da relação da lista dos multados.

O sistema viário em Ribeirão precisa de urgentes investimentos para evitar que em pouco tempo o tráfego se torne caótico em alguns pontos.

Enquanto tem tempo, a Prefeitura precisa correr atrás de maneiras de viabilizar os investimentos. Quando o problema estiver muito sério, dentro de 10, 15 anos, a necessidade de recursos vai inviabilizar as obras, e Ribeirão estará condenada a ser uma cidade com trânsito
limitado e desagradável.

Junto com a proposta do rodízio os técnicos sugerem corredores de ônibus e ciclovias. estes sim procedimentos que iriam desafogar o trãnsito e facilitar a vida de parte considerável da população.