CUIDADOS: A estabilização das encostas na Serra da Rocinha é uma das etapas mais desafiadoras das obras de implantação e pavimentação da BR-285, em Timbé do Sul (SC), em razão da existência de estruturas geológicas complexas, topografia acidentada e necessidade de preservação ambiental. Foto: Divulgação

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), trabalho em andamento consiste na execução de medidas para evitar as quedas de blocos de rochas e os escorregamentos de encostas

A estabilização das encostas na Serra da Rocinha é uma das etapas mais desafiadoras das obras de implantação e pavimentação da BR-285, em Timbé do Sul (SC), em razão da existência de estruturas geológicas complexas, topografia acidentada e necessidade de preservação ambiental. Após uma série de estudos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou, em novembro de 2021, a execução dessas obras, compostas por diferentes soluções de engenharia para contenção de oito pontos suscetíveis à ocorrência de escorregamentos.

Do ponto de vista geológico, o trecho pertence ao Grupo Serra Geral, formação Gramado, representada basicamente por derrames basálticos com intercalações frequentes com rochas sedimentares eólicas da Formação Botucatu no platô inferior. A região se destaca pela exuberância da paisagem constituída por cânions e escarpas, sendo que a Serra da Rocinha conta com uma diferença altimétrica de aproximadamente 1.000 metros da sua base ao topo.

O trabalho que está em andamento consiste na execução de medidas para evitar as quedas de blocos de rochas e os escorregamentos de encostas. Serão utilizadas, por exemplo, cortinas atirantadas (paredes de concreto armado ancoradas ao maciço rochoso por tirantes), telas metálicas de alta resistência e o grampeamento de solo/rocha (reforço da encosta com chumbadores ancorados). Em paralelo, ocorre o alargamento da plataforma da pista para viabilizar a implantação do pavimento de concreto.

A Gestão Ambiental do empreendimento supervisiona a implantação das contenções e da obra como um todo visando prevenir ou minimizar os impactos negativos. Nesse contexto, a equipe orienta e monitora os procedimentos de supressão vegetal, o resgate de sementes e mudas nativas representativas e inspeciona as frentes de obras para identificar e controlar eventuais processos erosivos, bem como o descarte de resíduos de modo adequado. Vale destacar que nos taludes e em áreas de passivos que se encontram na configuração final e que não receberão estruturas de contenção, estão sendo plantadas gramíneas, indivíduos arbustivos e arbóreos para dar celeridade ao processo de cobertura vegetal, medida igualmente importante no processo de estabilização.

Fonte: Ascom do Dnit