A operação safra 2013/14 já começou e o Governo do Paraná se prepara para exportar cerca de 16,4 milhões de toneladas de soja. A expectativa é que essa safra seja recorde do Estado, superando o número recolhido em 2013, que foi de 15,83 milhões de toneladas. Para atender à demanda, o governo estadual está investindo R$ 2,5 bilhões na melhoria de estradas rurais, rodovias estaduais, nos portos e na Ferroeste.

O secretário estadual de infraestrutura e Logística, José Richa Filho, explica que as ações e investimentos nos modais são para atender os produtores rurais e cooperativas e também para aumentar e promover a produção paranaense. “Este governo sabe do impacto que a infraestrutura tem no Custo Brasil e, por isso, investe da porteira ao Porto”, disse Richa Filho.

Richa Filho explicou que a Secretaria de Infraestrutura trabalha com o conceito de corredores de produção. A primeira ação direta acontece nas áreas produtoras com a readequação de estradas rurais. Hoje, as 30 Patrulhas do Campo já melhoraram mais de 1.200 quilômetros de estradas vicinais, com um investimento anual de R$ 42 milhões.

RODOVIAS – Para agilizar o transporte dos produtos do campo, os investimentos nas rodovias do Estado chegam a R$ 2,2 bilhões. Deste valor, R$ 1,7 bilhão está sendo aplicado em obras de duplicações em nove trechos estratégicos da malha rodoviária estadual e no Anel de Integração. Esses recursos são do governo estadual, destinados por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ou em parceria com as concessionárias.

As obras somam 118,2 quilômetros de implantação de pistas duplas. Os trechos em obras estão localizados nas rodovias PR 445 (dois trechos), PR 323, BR 376 (dois trechos), BR 369/BR 376, PR 417, PR 317 e BR 277 (quatro trechos). Além disso, em 2013, já foi entregue a duplicação de 14 quilômetros entre Medianeira e Matelândia (BR 277), no Oeste do Estado. E, neste domingo (9), o governo vai liberar os primeiros sete quilômetros do contorno de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Com esta obra, o governo retira o tráfego pesado de Campo Largo e acaba com um gargalo rodoviário no escoamento da safra, facilitando a chegada dos caminhões ao Porto de Paranaguá.

Os outros R$ 537 milhões foram investidos em 2013 para recuperar e conservar quase 12 mil quilômetros de estradas paranaenses. O resultado é que o Paraná tem hoje a terceira melhor malha rodoviária do Brasil. O Estado fica atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo pesquisa da Confederação Nacional de Transporte. “Os investimentos possibilitam um tráfego mais rápido e seguro pelas rodovias paranaenses, o que aumenta a produção e diminui o tempo dos caminhões para chegar até os portos do Estado”, disse Richa Filho.

FERROVIAS – Para a operação safra 2013/2014, a Ferroeste tem ações em andamento para melhorar o escoamento da produção. A primeira é a operação de carga de grãos feita integralmente pela empresa, entre Cascavel a Guarapuava, o que acelera o transporte dos produtos das regiões Oeste e dos Campos Gerais. A segunda é a ampliação da operação, que no segundo semestre de 2014 chegará até Ponta Grossa.

A última ação é referente à compra de duas novas locomotivas que começam a operar ainda neste trimestre. As locomotivas vão possibilitar a ampliação de cerca de 50% da capacidade de transporte para 2014.

PORTOS – Nos Portos do Paraná, o investimento chegou a R$ 247 milhões em 2013, beneficiando toda a operação safra deste ano. Entre as ações está a consolidação do sistema Carga Online, de gerenciamento do fluxo de caminhões na descarga de grãos no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. Outra ação foi a assinatura do maior contrato de dragagem, onde mais de R$ 114 milhões foram investidos, medida que oferece mais segurança e melhores condições operacionais e de manutenção.

Também foram adquiridos quatro novos carregadores de navios (shiploaders ) para modernizar e expandir o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. Esta etapa representará um aumento de 33% da produtividade. Este processo, com valor de R$ 59,5 milhões, encontra-se em execução, com o término previsto em 2015.

Outra ação importante é a revitalização do Porto de Antonina. Depois de 40 anos sem qualquer tipo de investimento na melhoria da infraestrutura, o terminal público do Porto está passando por uma ampla reforma. O prédio administrativo e a guarita de controle já foram revitalizados. Ao todo, foram investidos R$ 614 mil para recuperar os prédios.