A Via Expressa Leste-Oeste, tornou-se uma alternativa ao trânsito pesado da Avenida Amazonas e da BR-381, na saída de Belo Horizonte em direção ao Sul de Minas e São Paulo. Ela também vem sendo adotada como rota para moradores de cidades da região metropolitana naquela direção, como Contagem, Betim, Igarapé, Mateus Leme, Juatuba, São Joaquim de Bicas, Ibirité, Sarzedo, Mário Campos e Brumadinho.

A via, que começa na região Leste de Belo Horizonte, quase na divisa com Sabará, e vai até a BR-381 (BH-São Paulo), na altura do Bairro Jardim das Alterosas, em Betim, percorre 34 quilômetros, passando ainda por Belo Horizonte e Contagem. Quando não há retenção de trânsito, pode-se fazer todo o percurso de Sabará a Betim, em pouco menos de 40 minutos. Ela oferece acesso também ao Anel Rodoviário (nos sentidos Vitória e Rio de Janeiro) e à BR-040 (BH – Sete Lagoas). Nesse caso, o motorista entra à esquerda em via auxiliar, na altura do Bairro Beatriz, em Contagem, em direção à Ceasa.

As obras de recuperação, tanto do Anel Rodoviário quanto da BR-381 (Contagem e Betim), forçaram o desvio de parte do trânsito para a Via Expressa, que experimentou um volume de tráfego dobrado. Apesar da falta de dados oficiais, esse movimento pode ser notado por quem a percorre, como o diretor da Transcon (gerenciadora do transporte e trânsito de Contagem), Geraldo Antônio.

Apesar de ser alternativa de trânsito rápido e favorecer os veículos de pequeno porte, a Via Expressa tem alguns gargalos, como na altura do Conjunto Santos Dumont, no Carlos Prates, sentido BH-Contagem; no Coração Eucarístico e próximo ao Sapucaia (entre Contagem e Betim). No sentido inverso, alguns sinais retêm o trânsito também na altura do Carlos Prates e Calafate e principalmente no Barro Preto, até a região central (próximo ao Parque Municipal).

Tempo

Para se ter uma idéia, o percurso de entre a Praça Sete, no Centro de BH, e a Via Expressa, até o viaduto do Bairro Água Branca/Praça Itaú, em Contagem, pode ser feito em 15 minutos, quando não há obstrução. São 12 quilômetros de Via Expressa. Já no sentido inverso, entre a Avenida Barbacena, no Barro Preto e o viaduto da Avenida Francisco Sales, no Bairro Santa Efigênia, um percurso de 8 quilômetros, o tempo gasto, em média, fora do horário de pico, é de 20 minutos.

A necessidade de se chegar ao destino mais rápido e fugir do trânsito intenso da Avenida Amazonas, onde circulam, em média, 23 mil veículos, em cada sentido, por dia, conforme dados da BHTrans (nela circulam ainda 117 linhas de ônibus gerenciados pelo DER e BHTrans), faz com que o motorista Abílio Moura prefira seguir pela Via Expressa, quando se dirige a Ibirité, mesmo sendo esse caminho mais longo, chegando ao Centro de Betim, onde segue pela rodovia do Distrito Industrial do Bandeirinhas até a divisa com Sarzedo, retornando aí para Ibirité, pela MG-050 (que liga, nesse trecho, Ibirité a Brumadinho). São 65 quilômetros, contra mais ou menos quarenta pela via antiga. Porém, o trânsito flui com mais agilidade e chego menos estressado no Centro de Ibirité.

Armadilhas

Apesar da facilidade, a Via Expressa apresenta algumas armadilhas, como sinalização precária e, em alguns pontos entre Contagem e Betim, é comum o roubo das tampas redondas de postos de visitas (PV), que estão no meio da pista, sobre redes de esgoto.

A BR-381 encontra-se em ótimo estado, com as pistas recuperadas e os entroncamentos com a Via Expressa ou acessos a Betim e Contagem, restaurados. Mas a recuperação que vem sendo executada na altura da Praça da Cemig tem provocando grandes retenções.