MULTAS: Das sete multas registradas para o Scania, placas , três são por excesso de velocidade, sendo que duas na própria BR-262. Foto: Lucas Ribeiro/Ônibus Brasil

De acordo com levantamento do Estradas, três delas são por excesso de velocidade, sendo duas no mesmo trecho onde ocorreu o sinistro nesta madrugada (13 de outubro)

O ônibus Scania, placas QNZ-6225, que se envolveu em uma colisão traseira no km 121 da BR-262, em Conceição do Castelo (ES), na madrugada desta quarta-feira (13), tem três autuações e quatro multas, sendo três por excesso de velocidade (duas na própria BR-262, no trecho onde ocorreu o sinistro).

Conforme levantamento do Estradas, junto à PRF e ao Dnit, entre as infrações, uma no valor de R$ 1.467,35, em 02/08/21, por ‘ultrapassar pela contramão linha de divisão de fluxo opostos, contínua amarela’.

As outras são por excesso de velocidade, em até 20% da máxima (2 na BR-262 e 1 na BR-101); avançar em sinal vermelho na BR-101, em Eunápolis (BA); e ultrapassar em linha contínua na BR-267, em Minas, entre outras.

reportagem perguntou à empresa e à ANTT, como esse veículo consegue circular com tantas multas, sendo três por excesso de velocidade.

Segundo a ANTT, essa questão é de trânsito, e foge à atribuição da Agência. “Se o veículo está legalizado junto à ANTT, não há problemas.

Ainda de acordo com a Agência, a questão de trânsito tem que ser verificada junto aos órgão responsáveis (Detran, Denatran e PRF).

Gontijo se manifesta

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Gontijo respondeu à solicitação do Estradas. Veja a posição da empresa:

O procedimento da empresa é sempre o mesmo, para todos os carros. Sempre que chega o aviso de multa a empresa, além de entrar com recurso, indica quem era o motorista que estava dirigindo o veículo naquele momento, até porque, se não o indicar, o valor da multa dobra.

A empresa tem regras rígidas quanto a multas. Qualquer excesso de velocidade detectado é passível de punição. Em casos de reincidência, por parte do motorista, a punição pode ser até demissão.
O fato de os carros continuarem rodando, até o julgamento dos recursos legais pelos órgãos de direito se deve simplesmente ao respeito à legislação vigente: a punição só se dá após  julgamento definitivo de cada caso, o que só ocorre quando não houver mais recursos legais possíveis.