Órgãos públicos e privados que atuam no serviço de urgência e resgate de vítimas de acidentes promoveram sábado último o “Simulado de Atenção a Catástrofes/Desastres e Acidentes com Múltiplas Vítimas”. O treinamento envolveu mais de 400 pessoas, entre bombeiros militares, policiais rodoviários federais, médicos e paramédicos, enfermeiros e estudantes de Medicina. A simulação aconteceu na avenida Ferreira Gullar, no São Francisco.
A realização do simulado visa a elaboração de um plano de ação para os casos de acidentes de grandes proporções. Para isso, foram utilizados um ônibus e dois carros de passeio. Foi feita a simulação da queda de um ônibus lotado de passageiro da ponte José Sarney, seguida da colisão com um carro de passeio na avenida Ferreira Gullar. Na seqüência, outro veículo, também de passeio, incendiou-se, com dois ocupantes a bordo.
Para o exercício, foram mobilizadas equipes da Polícia Rodoviária Federal, Grupo Tático Aéreo da Polícia Militar do Maranhão (GTA-PM/MA), Corpo de Bombeiros (CBM/MA), Exército, Marinha e Aeronáutica, Prefeitura Municipal, com o apoio da Companhia Vale do Rio Doce, Atlântica e Oficina Progresso. O objetivo foi testar a integração de todos os órgãos e empresas envolvidas para um caso de acidente de grandes proporções.
“Nossa atuação foi no sentido de fazer a retirada das vítimas das ferragens e entregá-las para o serviço médico de emergência, que se encarregou de fazer a seleção das vítimas conforme o estado de saúde apresentado, seguido da remoção para o hospital”, explicou o coronel Marcos Sousa Paiva, do Corpo de Bombeiros, que participou da simulação com equipes de combate a incêndio e resgate de acidentados.
“Para esta operação em específico, nós vínhamos nos preparando há uns três meses. Contudo, semanalmente freqüentamos treinamento teórico e prático para aperfeiçoar as técnicas de salvamento”, completou o médico Adelmo Nogueira, da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Oito ambulâncias do Samu foram utilizadas na operação, além de viaturas de hospitais privados e das forças militares.
Importância
O estudante de Medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Rafael Toledo encenou o papel de um dos ocupantes do carro de passeio incendiado. Devidamente maquiado, como se estivesse realmente ferido, o universitário disse que esse tipo de experiência é importante. “A gente aprendeu neste treinamento como trabalhar em caso de acidente, como lidar com as vítimas para facilitar os procedimentos e conseguir que a maior parte dos acidentados sejam salvas”, disse ele.
Ao todo, cerca de 40 estudantes universitários fizeram papel de vítimas do acidente simulado, no qual o realismo impressionou muitos dos curiosos que assistiam à encenação. A idéia era encenar uma situação o mais próximo possível de um acidente verdadeiro. Para isso, estudantes simularam desde as primeiras chamadas telefônicas de cidadãos para as centrais de urgência o desespero dos acidentados na espera de aproximadamente 15 minutos até a chegada das primeiras equipes de socorro. A maquiagem deu ênfase a fraturas expostas, escoriações e queimaduras. Foi usado também sangue artificial.